Te Sigo, Baby

Capítulo 23

POV'Emma

- Vamos pro quarto. - Alyssa volta a insistir entre o beijo.

Depois que Clara penteou meu cabelo, tentei a todo custo fugir de Alyssa que também estava a todo custo tentando me agarrar a qualquer oportunidade que tinha. Não sabia que essa garota era tão atrevida.

Depois que consegui me esconder dela, esperei que todos fossem dormir e vim, como sempre, deitar na rede para relaxar. Sempre gostei de deitar nela enquanto sou balançada e observo o céu cheio de estrelas. O vento frio junto ao embalo faz com que eu me sinta como se estivesse sendo ninada.

Mas meu esconderijo durou pouco. Alyssa sabe que sempre venho aqui e ela não hesitou em me encontrar e novamente me atacar com seus lábios.

Não vou mentir e dizer que não é gostoso poder beija-la à vontade desse jeito. Adoro me aproveitar de seus ataques e poder a beijar como quero de volta.

Ela deitou por cima de mim com uma pena de cada lado, a rede balança suavemente enquanto deixo minha boca explorar sua boca e minhas mãos explorarem suas coxas.

- Já estamos fazendo mais do que deveríamos.

Espalho beijos pelo seu pescoço. Ela geme baixinho me fazendo arrepiar.

- Só que eu estou muito excitada.

Suspiro com suas palavras. Tudo o que eu queria era poder aliviá-la. Mas só beijar já é errado de mais, e eu nem sei se consigo mais parar a essa altura.

- É melhor você ir dormir, não quero que ninguém pegue a gente assim. Mais cedo já foi arriscado de mais.

- São só beijos de amizades.

- Acho que os outros não vão entender dessa forma. - zombo.

Com "os outro", me refiro aos seus pais. Principalmente ao que é meu chefe.

- Eu não ligo. - ela me encara séria.

Como não liga? Céus, essa garota é louca? Tem ainda menos juízo do que eu.

- Acho melhor você ir, Alyssa. - uso um tom sério.

Sua cara de emburrada me lembra o quanto ela pode ser mimada quando não consegue o que quer.

- Ok.

Ela se levanta e se vai sem olhar para trás.

Levo minhas mãos ao meu rosto, sem acreditar nas coisas que estou fazendo. Eu ainda vejo Alyssa como uma bebê frágil que eu preciso cuidar, proteger. Só que é difícil ter que fazer isso contra mim mesma.

Merda de vida.

Teria sido melhor se aquela bala tivesse pegado um pouco mais pra cima.

No outro dia, foi mais um dia onde me irritei ao ver Alyssa e o novo amigo dela juntos. Os observei um pouco de longe, querendo avaliar o tal Matt melhor.

Ele parece muito estranho. Olha pra Alyssa de um jeito estranho, e não estou falando de um jeito interessado. Ele a olha de um jeito avaliativo, da mesma maneira como eu o estou olhando agora.

Eu não gosto dele. Meu instinto me diz que Alyssa deve ficar longe desse cara.

Me aproximo dos dois, pronta para encerrar essa amizade. Não é que eu tenha esse poder, mas sempre consegui manter Alyssa longe das pessoas que não acho que sejam um bom caminho para ela. Ela no entanto, nunca gostou da minha maneira rude de fazer isso, mas eu nunca liguei também.

- Alyssa, vamos!

- Espera, estou terminando minha conversa com Matt.

Sei que ela disse isso apenas para me provocar...e mesmo assim, eu não gostei nem um pouco disso.