Capítulo 68: Capítulo Um da Segunda Era.

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O vento soprava incessantemente, fazendo com que a areia da praia se erguesse no ar, salpicando que andasse por ali. As ondas se chochavam umas contra as outras, criando um sinfonia bela e harmônica que ressoava pela costa.

No horizonte, banhando o mar com seu calor e pintando o céu com um tom alaranjado caloroso e belo, o sol começava a se pôr.

Um jovem de cabelos negros caminhava por ali, com a água até na altura da sua canela, os olhos fixos no horizonte, praticamente alheio a paisagem e a beleza da natureza a sua volta.

Seu mente estava perdida em pensamentos, em um lugar completamente diferente de onde seu corpo físico estava. Um lugar que ele não sabia qual era. Pensamentos que ele ainda não tinha permissão de acessar.

Um única lágrima se desprendeu do seu olho, escorrendo pela lateral do seu rosto, chegando a bochecha e, por fim, caindo para de misturar a água salgada do mar.

Repentinamente ele parou, observando as gaivotas voando e grasnando ali perto. Sentia inveja delas. Eram livres.

Livres para voar para onde quisessem, livres para fazer e serem o que quiser...
Será que um dia eu vou ser livre assim? — o jovem pensou, refletindo enquanto as observava. — Livre como uma folha ao vento, sem me preocupar com o que os outros vão dizer ou pensar. Livre para ir onde a vida me levar, sem me preocupar com tanta responsabilidade...

Sinceramente, ele não conseguia acreditar naquilo. Mas ansiava por isso. Ansiava pelo dia em que poderia voar pelo mundo, vivendo suas próprias aventuras.

Mas sabia que seu pai e sua mãe não permitiram isso. O Império não permitiria.

— Mas ninguém vai conseguir conter minha liberdade por muito tempo... — o jovem murmurou, as palavras saindo de sua boca mal pareciam serem suas.

— Ninguém

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— Ninguém...

Passos se aproximando chamaram a atenção dele, e o jovem rapidamente passou a mão nos olhos, enxugando aquelas lágrimas cujo motivo ele não sabia, antes de se virar.

T.E estava se aproximando, seu longo cabelo sendo carregado pelo vento de forma graciosa conforme se aproximava.

— Estava te procurando por toda parte, Mike. O que veio fazer aqui? Sabe que o seu treinamento vai ser retomado em uma hora, não sabe? — T.E questionou, em um tom repressivo, mas, ao mesmo tempo, ligeiramente compadecido.

— Eu estava... Olhando o mar, sei lá. — Mike deu de ombros, caminhando para se afastar da água e se aproximar do T.E. — O Sol logo vai se pôr. Teve notícias do meu pai?

— Não se preocupe com seu pai, preocupe-se com seu treinamento.

Mike suspirou, revirando os olhos enquanto passava por T.E, sem tentar esconder seu descontentamento.

— O Balam e a Cléo estão na cidade ainda, não é? — Mike perguntou, sabendo a resposta, mas sentindo que precisava perguntar em voz alta, para que sua mente se recordasse deste fato. — Eles vão participar?

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