Quando a minha consciência despertou novamente e meus olhos se abriram, uma sensação de paz serena tomou conta do meu corpo, como se eu tivesse deitado sobre um algodão macio e confortável
Acima de mim eu não via o teto de uma construção ou algo assim, o que eu via era água, refletindo o lindo brilho do sol.
Nesse momento eu me levantei para tentar entender o que estava acontecendo, mas nesse momento eu me vi em uma enorme cama redonda com um lençol branco cobrindo ela.
Ao meu redor tudo que eu via era água, exceto em um raio de 6 metros ao redor da cama em que eu estava sentando, era como se eu estivesse dentro de uma bolha que me protegesse da água.
—Que estranho... — Eu murmurei, confuso, ao ver a água me cercando.
Olhando para a minha direita eu podia ver a margem do lago onde eu estava, então teoricamente olhando para a minha esquerda eu deveria ver o fundo do lago, mas tudo que eu podia ver era uma escuridão infinita, como se não ouvisse um fundo.
Me levantei da cama e comecei a caminhar em direção ao limite da bolha que impedia a entrada da água, observando fixamente a escuridão do lago, como se estivesse hipnotizado.
Quando comecei a me aproximar do limite da bolha, estiquei minha mão direita para frente, com intensão de colocar a minha mão para fora da bolha, mas quando meus dedos estavam prestes a tocar na bolha, uma voz gentil e suave ecoo atrás de mim.
— Eu não faria isso se fosse você, pode ser perigoso. —
Automaticamente eu me virei para trás, procurando a origem dessa voz gentil, e nesse momento eu vi uma mulher com lindos cabelos azuis parada ao lado da cama, usando uma camisola semitransparente branca.
Por alguns segundos eu hipnotizado pelo olhar dessa mulher, mas ao perceber que ela não usava nada por baixo da camisola, e era possível ver seu corpo nu por baixo dela, eu automaticamente me virei para lado enquanto cobria o rosto e dizia, um pouco envergonhado.
— Hã... Moça... essa sua roupa... não é um pouco reveladora demais...? —
— Hehehe... não vejo problema nisso, afinal, faz parte do ritual que eu usei para lhe curar, Mike... — Escutei a mulher dizer, em tom calmo e alegre, como se estivesse si divertindo com a situação.
— Talvez você não veja problema nisso... mas me incomoda um pouco... — Eu disse, ainda um pouco envergonhado com a situação.
Até que de repente uma palavra ecoo em minha mente, ou melhor, um nome.
Mike... Mike... Ela me chamou de Mike...
Com um olhar completamente perplexo eu encarei a mulher, enquanto recuava um passo para trás, quase tocando na bolha novamente, e questionava.
—Por que está me chamando assim?! Como você sabe esse nome?!! —
Nesse momento um sorriso simpático surgiu em seu rosto enquanto ela se sentava na beirada da cama e dizia.
— Isso também faz parte do ritual que eu usei, suas memorias estão se entrelaçando com as minhas em minha mete, no momento está tudo uma bagunça ainda, mas eu consigo ver algumas lembranças. —
O olhar surpreso em meu rosto havia desaparecido, agora eu estava preocupado, preocupado com essa mulher que sabia sobre a minha vida no outro mundo, e eu não estava falando apenas do jogo.
Antes que eu pudesse fazer mais alguma pergunta, ela esticou a mão esquerda na minha direção, e com um olhar provocante no rosto, ela disse.
— Você diz para eu trocar de roupa, mas não se vira para que eu faça isso, não me diga que planeja ficar olhando enquanto eu me troco. —
VOCÊ ESTÁ LENDO
Enchanted World Online
FantasyMike Rodrigues, de 29 anos, jogava um jogo mundialmente conhecido, o "Enchanted World Online", um jogo VRMMORPG, o mais famoso jogo de realidade virtual, com imersão completa. Na noite em que EWO iria fechar o servidor e ser fechado, Mike resolve jo...