Capítulo 21: Profecia.

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A escuridão a minha volta lentamente desapareceu. A claridade me cegou momentaneamente. Mas aos poucos meus olhos de acostumaram com a luz.

— Acha que podemos conversar civilizadamente, Caído? — A voz soou impotente atrás de mim. A mão no meu ombro era quente, não chegava a machucar, mas eu podia sentir uma alta temperatura dela.

— Cla... Claro... — Eu respondi. Afinal, não é como se eu tivesse outra escolha.

Quando ele tirou a mão do meu ombro eu pude respirar novamente. Me senti aliviado, como todo o ar tivesse ficado mais leve.

Hesitei em me virar. Eu sabia o que eu iria ver, um dragão na forma meia humana, mas ainda assim hesitei.

Quando me virei eu entendi o motivo da hesitação: A presença dele. Que ela era esmagadora e sufocante eu já sabia. Que ele era extremamente poderoso eu também já sabia. Mas todas essas sensações duplicaram quando olhei para ele diretamente

Ele pode estar uma forma humano, com apenas as escamas, calda e chifre diferenciado ele de um humano normal. Mas a sua presença era a de um dragão. Eu quase podia ver sua forma real ao lado dele. Um Dragão vermelho gigante me encarando com olhos amarelos brilhantes.

Só nesse momento que eu percebi que nós não estávamos naquela caverna de antes. Agora estávamos cercados por neve, um frio avassalador dominava o ambiente. Se essa ainda era a mesma caverna, mas em uma camada diferente, então a capacidade dela de mudar de bioma é mais incrível do que eu pensei.

Por um momento eu achei que aquilo fosse uma alucinação. Que meu medo estava me fazendo ver aquele dragão e a neve a minha volta. Mas então eu percebi que não era isso. Aquele homem/dragão esta estava realmente me mostrando sua verdadeira identidade e, o mais impressionante, ele tinha nos teleportado.

Eu não sei se aquilo era uma magia de ilusão ou se ele simplesmente tinha o poder de fazer aquele dragão. Mas eu sei que ele era quem estava me mostrando.

  Mas eu sei que ele era quem estava me mostrando

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— Anos atrás eu tive um nome, uma família. Eu era uma pessoa... ou dragão, chame como quiser. Hoje eu em dia eu sou o Rei. O líder da minha espécie. Humanos devem me reconhecer como algo próximo de uma entidade. Deixei meu nome para trás. Deixei de ser uma simples existência, eu sou uma ideia, um ser, o poder e uma raça. Eu simplesmente sou. Mas Anjos, acredito que mesmo os caídos como você, se apegam muito a nomes. Então você pode me chamar de Draconis. —

— Que criativo. — Eu falei.

— Hahaha. Mesmo para um Anjo a sua coragem é admirável, garoto. — Draconis riu, mas isso não tornou ele menos ameaçador. O dragão ao lado dele lentamente foi desaparecendo.

— Se você quisesse me matar já teria matado. —

— Quando você mata uma formiga você se preocupa com quanto tempo vai levar? — Ele perguntou.

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