Capítulo 50: Despedida.

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A nevasca nos alcançou quando estávamos chegando nas ruínas da Guerra Demarcada. Conseguimos encontrar uma casa inteira para nos escondermos. Talvez as casas antigas dos Elfos fossem todas iguais por dentro, mas assim que entrei nessa casa me lembrei da casa em que Stephanie e eu nos escondemos quando nos conhecemos.

Na época eu ainda era só um sequestrador, aí ai. Bons tempos.

Stephanie estava inconsciente em meus braços, tremendo sem parar e com o corpo tão quente que parecia que a qualquer momento me queimaria ou começaria a soltar fumaça. O suor escorria pelo rosto pálido dela, e a cada gota que pingava em mim, mais a minha preocupação aumentava.

A madeira estava podre, mas quando entramos e fechamos a porta o alívio foi coletivo e instantâneo. Os soldados Elfos foram rapidamente preparar um dos quartos para a Princesa Stephanie, retirando tudo o que precisavam, inclusive um colchão, de dentro de seus armazenamento dimensional.

Corri direto para o quarto colocando Stephanie no colchão e abrindo meu armazenamento dimensional, de onde eu retirei um balde , que eu enchi com água, usando magia, e duas toalhas. Deitei a cabeça dela, cuidadosamente, sobre o travesseiro, peguei uma das toalhas e, depois de molha-la no balde, eu a dobrei e coloquei sobre o rosto dela.

— Precisamos conseguir comida. Separe os soldados que ainda conseguem fazer alguma coisa e vão caçar. Vou tentar acordar ela, mas acho que vai levar um tempo. Mas, independente disso, quando acontecer ela vai precisar repor seus nutrientes. — Eu falei, enquanto abria mais uma vez meu armazenamento dimensional e pegava, lá dentro, as poções do Ken.

Mas no momento em que eu terminei de falar os sons de passos e movimentação pela sala pararam repentinamente. O som se interrompeu tão abruptamente que eu congelei por um momento.

Olhei em volta, esperando ver algo anormal, mas não era nada anormal o olhar de desprezo que aqueles Elfos tinham no rosto enquanto me encaravam. Até mesmo Lerry, o mais humilde dos Elfos que eu já vi, me encarava com uma mistura de ranço e descrença.

— Como um mero humano ousa nos ordenar alguma coisa? — Um dos Elfos questionou.

Deixei escapar um longo e demorado suspiro enquanto me levantava.

— Se acalme, Nero. Se acalme, Nero. Se acalme, Nero. Se acalme, Nero.... — Eu murmurei para mim mesmo, repetidas vezes, pois sabia que eu precisava da ajuda desses Elfos pra tratar a Stephanie.

Olhei para Lerry de canto de olhos, os meus olhos brilhando na cor amarela, e, da forma mais fria que eu conseguia, eu disse.

— Nãome importo com o preconceito contra humanos de vocês, assim como não me importocom os olhares de desprezo e os xingamentos pelas as minhas costas. Mas apartir do momento que isso começa a prejudicar, de alguma forma, a Stephanie,nós teremos um problema, Lerry.... Nós temos um problema, Lerry? —

 Nós temos um problema, Lerry? —

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