Capítulo 69: Espada e Honra.

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A Cidade de Ouro Branco é conhecido no Império por ser o maior centro comercial e de exportação entre o Reino de Haiford e o Reino dos Lizardman, Lurt’Zog.

Mesmo sabendo disso, Daemon se surpreendeu com o quão movimentando as ruas estavam — principalmente por estar tão cedo.

Carruagens percorriam pelas ruas pavimentadas da cidade, chegou até a ver dois desses novos carros que estão surgindo, o que era bem raro fora das cidades Capitais do Império.

Ele andava pelas ruas, passando por uma feira com várias barracas e comércios tentando chamar a atenção de possíveis clientes.

O murmúrio de conversas ressoava pelas ruas. Vendedores gritando suas ofertas para as pessoas que passavam por eles, clientes negociando para tentar obter os melhores preços e funcionários conversando enquanto trabalhavam.

Quando chegou na área residencial, passou pro casas iluminadas por lâmpadas, que, por sua vez, eram alimentadas com pedras rúnicas com magia de eletricidade gravadas nelas.

Encontrou um grupo de pessoas reunidas na praça da cidade, suas vozes, sussurros abafados, preenchendo o ambiente.

Seus olhos treinados logo encontraram o motivo de tantas pessoas se reunirem ali; um pequeno grupo de espadachins estava pregando um cartaz em um palanque de madeira.

Trajavam um quimono marrom simples, e todos portavam uma katana embainhada na cintura.

As pessoas os observavam com admiração, sussurrando entre elas com um certo fascínio. Com sua audição super aguçada, conseguiu ouvir as pessoas chamando os Espadachins do Clã da Águia.

Daemon sorriu. Um sorriso largo e animalesco, impulsionado pelo seu mais profundo instinto, que o tinha guiado até aquela cidade; o desejo de enfrentar os mais fortes.

Sem pensar duas vezes, ele começou a se aproximar dos espadachim. Teve que empurrar algumas pessoas e se esgueirar por outras para chegar até o palanque, o que provocou resmungos e xingamentos, atraindo a atenção de todos, inclusive os espadachins.

Quando Daemon finalmente emergiu por entre os observadores, os espadachins já se aproximavam, atraídos pela confusão que ele causou.

O grupo de espadachins parou quando viu Daemon, e o mesmo também travou no lugar, seus olhos treinados observando cada um deles, absorvendo cada detalhe, cada nuances.

Seis pessoas. Quimonos do clã da águia. Seis Katanas. Olhos afiados que o observavam com cautela afiada. Eram bem treinados, e Daemon podia ver isso pela forma como todos levaram as mãos até as bainhas na cintura, prontos para sacar suas armas.

Um sorriso quase animalesco se formou nos lábios de Daemon. Seus olhos azuis brilharam de animação, puro êxtase cruzando seu olhar, deixando transparecer um lampejo verde naquela imensidão azulada do seu olhar.

— Saquem suas espada! — Foi a única coisa que Daemon falou, mas não fez nenhum movimento para sacar sua própria arma.

Os homens franziram o cenho, confusos e surpresos por um momento.
Então um deles, um homem alto, de cabelo negro, com alguns fios grisalhos, e uma barba cheia, avançou um passo na direção dele, erguendo as mãos, sinalizando para Daemon se acalmar, enquanto também sinalizava para as pessoas próximas se afastarem.

— Perdão, Senhor...?

— Morte — Daemon sorriu, e, nesse momento, o homem que havia se aproximado parou.

Mesmo que não houvesse se movido, algo naquele sorriso fez o homem hesitar. Mesmo que não entendesse, seus instintos gritavam para ele. Berravam. Imploravam. Suplicavam.

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