Capítulo 73: Festa em Família.

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Em algum lugar do tempo, entre mundos e universos, onde todas as possibilidades convergem, um homem solitário observa pacientemente o desenrolar dos eventos, sua única companhia sendo a solidão e o ser que murmurava promessas tentadoras.

Promessas que estavam na hora de serem cumpridas.

— Você me prometeu que me deixaria matar Mike Angelus...

— Tudo no seu devido tempo — a voz em sua mente respondeu.

— Eu não tenho tempo! — Draveb Belial gritou, lágrimas inundando seus olhos. — Ele precisa pagar! Precisa pelo que fez comigo! Pelo que me fez passar!

— Ele vai... Todos vão... Mas primeiro precisamos fazer com que meus filhos nasçam naquele mundo... — a voz respondeu.

Como se em resposta ao que foi dito, Maugoroo grunhiu não muito distante de onde Draveb estava. A criatura estava no momento em um estado de transe para aperfeiçoar sua técnica inata e refinar sua Anima Nexus.

— Então quando? — ele perguntou, a voz frágil e trêmula, como se implorasse do fundo do seu âmago. — Quando poderemos o fazer pagar por tudo que ele fez?

— Quando ele fizer...

— Eu não entendo...

— Mas irá... Agora vamos...

Draveb respirou fundo, esfregando os olhos para enxugar as lágrimas, e se ergueu, enquanto, em um movimento quase robótico, um movimento que havia se tornado natural a essa altura, ele colocou a máscara.

— A morte nascerá hoje... — murmurou Draveb, um sorriso frio curvando seus lábios. — E com ela vira o medo, a raiva e o desespero... É preciso superar isso tudo, não temer, mas aceitar, pois somente assim o ser perfeito nascerá... e será um dia glorioso.

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O sol do meio dia ardia forte no céu, iluminando as ruas de AquaLand enquanto comerciantes gritavam seus o produtos e ofertas tentando atrair novos fregueses — pessoas de todas as raças e lugares que chegaram na cidade para comemorar o décimo sexto verão do primogênito do Imperador.

A cidade era uma das maiores de todo o Reino de Haiford, e sempre tinha suas ruas cheias de vida e movimentação, uma cacofonia de sons reverberando por toda parte.

Mas naquela data em específico, naquele ano em específico, tudo parecia mil vezes mais agitado.

Por isso Mike escolheu se afastar de toda aquela movimentação, se estabelecendo em uma das várias moradias do seu pai — uma mansão ao sul da cidade, construída em meios as árvores mas com o fundo voltado para o grande Lago Aqua.

Ele estava na cozinha no momento, verificando a panela com macarrão antes de desligar as chamas de fogão, fazendo as Pedras de Ignis se apagarem.

Mike parou um momento, sentindo o cheiro saboroso do macarrão, e, com um sorriso no rosto, pegou a panela e saiu da cozinha, se dirigindo a uma grande sala de estilo único na cidade — aparentemente algo da cultura Oriental do mundo original do seu pai.

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