Capítulo 17: Buraco de minhoca.

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Quando vi Ken e Alice saindo correndo do quarto eu fiquei me perguntando onde eles iriam. Mas resolvi deixar os dois sozinhos, então fui para a taverna.

Assim que entrei na taverna eu vi Elizabeth e Jesse em uma mesa. As duas acenaram para eu me sentar com elas, mas eu educadamente recusei e fui me sentar na mesa mais distante, onde Alex estava bebendo sozinho.

— Alex... — Eu chamei quando me aproximei da mesa. — Posso me sentar? —

Ele me olhou de canto de olho e sem responder voltou a beber a sua cerveja. Considerei isso um sim e me sentei no banco do outro lado da mesa.

— Você não tá com raiva da gente, né? — Eu perguntei enquanto acenava para a garçonete me servir uma cerveja.

— É porque eu estaria? Não tem NENHUM motivo para eu estar com raiva, né? — Alex disse, em um tom claramente irritado.

— *Suspiro* Olha, eu entendo o porque de você tá com raiva, mas você sabe que não foi o Nero quem matou o Bryan, né? O Nero nem sabe quem o Bryan era, ele apenas contratou os mercenários para nos roubar e eles atacaram a gente e por consequência mataram o Bryan. — Eu tentei explicar o meu ponto de vista.

Nesse momento ele me olhou tão intensamente que eu achei que ele iria surtar comigo. Mas então a garçonete chegou e ele se acalmou e esperou ela servir a minha cerveja. Depois que a garçonete encheu meu copo e saiu, Alex disse.

— Eu entendo o que você quer dizer... mas não da para confiar naquele cara facilmente assim. —

— Você não entende, cara... O Ken ele... Eu não sei como explicar isso de uma forma fácil, mas o Nero não é uma ameaça para o Ken, e mesmo que o Nero consiga de alguma forma superar o Ken, ele nunca iria vencer eu e ele juntos. — Eu disse.

— *Suspiro* Eu sei que ele é forte e tudo mais, mas... tem certeza disso? Você matou um dos amigos desse Nero, não matou? E se ele quiser vingança também? — Alex perguntou.

— Eu mato ele também. — Eu respondi.

Para a minha surpresa um sorriso surgiu no rosto dele enquanto dizia.

— Claro, isso resolve tudo. —

— Aidem! — Alice me gritou da entrada da taverna. — Nós estamos chegando! O Ken está te chamando! —

— Beleza, estou indo. — Eu disse enquanto me levantava. Bebi o resto da minha cerveja e coloquei o copo vazio sobre a mesa enquanto dizia. — Você precisa falar com o Ken, Alex. Não pode evitar ele pra sempre. —

Sem esperar por uma resposta eu saí andando. Alice já tinha subido para o convés, então eu tive que ir sozinho.

Quando cheguei lá em cima eu passei pela Dona Ana, que um olhar furioso no rosto, acho que ela descobriu que a Alice quem tinha botado fogo no barco dela.

Ken estava parado na proa do barco junto com a Alice e os dois observavam o horizonte. Enquanto caminhava na direção deles eu pensei em fazer alguma piada com Titanic ou algo do tipo, mas não consegui pensar em nenhuma quando vi o que os dois estavam observando.

Bem longe no horizonte, no que provavelmente levaria mais algumas horas para chegarmos, dava para ver o início de uma enorme ilha. Eu já tinha ouvido falar daquela ilha quando ela foi descoberta a alguns meses atrás, d ao ouvir o nome que deram a ela, A Ilha de Areia, eu ia imaginava que ela teria um clima desértico, mas aquilo era surpreendente.

A ilha em si não muito grande, talvez apenas 4 ou 5 vezes maior que a cidade de Lerreriam, mas o incrível eram suas enormes montanhas, que mesmo dessa distância dava para imaginar ao desfiladeiros que elas formavam.

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