Capítulo 48: Tempo dourado.

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Stephanie e eu caminhos por horas. Eu sabia mais ou menos onde estávamos, se eu não estivesse errado iríamos chegar nas ruínas da Guerra Demarcada. Não me arrisquei voando, conseguia sentir a presença dos demônios que voavam sobre as gigantescas árvores elficas, e para piorar o clima estava ficando cada vez mais frio.

Vai começar a nevar logo.

Perceber isso me deixou ainda mais ansioso. Retirei um manto quente do armazenamento dimensional e joguei sobre os ombros de Stephanie, e então continuei andando.

O som dos nossos passos pareciam ecoar por toda floresta, principalmente quando a gente pisava, sem querer, em um galho ou em filhas secas. A única coisa que Stephanie disse depois que começamos a avançar até a cidade foi que a floresta estava estranha. Ela disse que Elfos tem uma ligação especial com a natureza, por isso ela podia sentir a presença do mal que vagava por ela.

Não era o tipo de notícia que eu gostaria de ouvir, mas foi bom ouvir isso, me alertou de que havia inimigos na área. Apesar de que eu usaria a magia de busca de qualquer jeito, exatamente como eu estava fazendo.

A noite fria pareceu chegar repentinamente, culpo isso ao meu desgaste mental. Não havia nenhum sinal da cidade ainda, então eu estava prestes a dizer para acamparmos ali mesmo, quando Stephanie disse.

— Neve. —

Ela falou isso de forma tão simples e desanimada que quando eu vi a neve cair nem mesmo me empolguei. Eu sempre achei o branco da neve a coisa mais linda do mundo, o que era um pouco irônico, já que no outro mundo eu sempre usava preto, apesar de gostar de branco, agora nesse mundo até meu cabelo é branco, mas o branco da neve já não me empolga como antes.

— Vamos montar acampamento aqui. — Eu disse. Stephanie não disse nada, então eu imaginei que ela havia concordado. — Ilusio fiat per vera. —

Uma barreira de ilusão subiu em raio de 10 metros, qualquer entrasse naquela área e não tivesse a minha autorização iria ver apenas uma floresta vazia.

Do armazenamento dimensional eu retirei uma barraca e montei ela o mais rápido que pude. Consegui acabar de montar bem quando a neve começou a cair de forma mais pesada, considero isso uma vitória já que eu nunca tinha chegado a montar uma barraca, seja nesse mundo ou no outro.

Mas havia uma coisa que eu aprendi em EWO sobre barracas... digamos que é uma magia.

Agachei em frente a entrada da barraca, mas não a abri, apenas toquei nessa com a mão direita. Deixei a minha mana fluir pra dentro da barraca e então recitei a magia do jogo.

Imo falsa. —

Sabia que estava feito mesmo sem olhar, magia do jogo são, quase, absolutas nesse mundo. Assim como essa magia de ilusão que eu estou usando para nos esconder, usei para escapar agora pouco e também usei no ataque da cidade dos Cardeal.

Me virei para Stephanie e me surpreendi ao ver que ela estava sentada no chão, abraçando as próprias pernas para s proteger do frio, e com as costas escoradas no tronco de uma árvore.

— Steph, vamos entrar. Vai ser mais quente dentro da barraca. — Eu falei.

Stephanie ergueu o olhar lentamente, exausta de tanto andar. Eu estava exigindo demais dela. Mas eu não tinha escolha, temos que avançar para os demônios não nos encontrarem, porque aquele homem não se convenceu com a nossa morte e com certeza mandou demônios nos buscarem nas redondezas.

Pelo menos ela pode descansar um pouco agora.

A garota se levantou, ajeitou o manto que eu dei a ela, e caminhou na minha direção. Abri a porta da barraca e decidi ela entrar primeiro, e então eu esperei a reação dele.

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