Capítulo 4

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KAI

 

Maldita foi a hora que eu aceitei vir aqui, tem uma regra não escrita aqui, e essa regra é extremamente seguida a risca.

"Não provoquem o time de vôlei porque ele socar as bolas a velocidades absurdas capaz de quebrar um braço, imagine o que eles podem fazer com vocês."

O professor disse. Nossos professor/treinador disse isso. Alguns falam que é porque a professora/treinadora do time de vôlei já deu um soco na cara dele.

   Nosso time está desajustado devido aos alunos que mudaram de escola esse semestre então o professor quis mostrar como o time vôlei estava como se fosse uma lição ou algo para ferir nosso ego, já que são meninas.

   Mas elas são extremamente violentas, achei que vôlei fosse sobre não deixar a bola cair no seu lado da rede. Mas elas estão realmente brigando por causa de um jogador, duas jogadoras. Qual é? Não é possível que realmente precisem brigar por que duas delas são boas.

— Se fosse por algum garoto eu até acharia normal, mas por meninas? — Michael disse — Sério treinador? Tipo, elas estão brigando por causa de duas meninas que estão pouco se fodendo para o esporte.

   Michael apontou para as duas em questão sentadas no banco como se não fosse sobre elas. Nessa é boa, mas a Lauren é ótima no bloqueio e o melhor bloqueio geralmente ganha a partida. A outra é a boneca russa que não demonstra nada.

— Lauren encontrou uma dupla que segue a intuição dela. — A treinadora delas chegou dado um tapa na cabeça do Michael — Quem não quer uma dupla que não deixa uma bola passar. Imaginem isso no basquete seus idiotas. Uma dupla de pivôs que nunca deixam a bola adversária atingir a cesta.

— Não chame eles de idiota sua porca velha. — E lá vai... Eles vai começar a brigar.

— Então o imbecil é você. — A professor Anne saiu de perto e caminhou até o meio e em segundo os times estão separados. Então ela colocou Lauren e Eva em um time que ela escolheu.

   Eva começou no saque, ela é alta para alguém da idade dela e ela não quica a bola no chão ela soca a bola no chão. Ela não tem expressão então não dá para saber se ele está ansiosa ou contrada.

— Precisa ser agressiva daquele jeito treinador? — Will perguntou.

Mas não deu tempo de ouvir a resposta do professor já que Eva jogou a bola para cima e acertou ela como se estivesse socando a cara de alguém. Se ela com a mão abertas tem essa força imagina o que ela não faz com a mão fechada.

A bola foi rápida e não tiveram tempo de reagir por que ela estava no chão e o barulho do impacto ecoou.

— Nunca mexer com o time de vôlei né? — eu disse relembrando que não vou nem chegar perto dela. Deus me livre.

— Medo de levar uma dessa Kai? — Damon disse preguiçosamente enquanto apontava para Eva — Você não sabe nem o mínimo do que ela tem de força. Eu já levei um soco dela e doeu por dias.

— Por que levou um soco dela? — Will perguntou já prestando a atenção mais aqui do que no jogo. — Achei que fossem amiguinhos.

   Damon ao respondeu mas eu sabia que ele não era amigo dela. Eles nem se falavam, pelo menos de onde eu vi não. Ela não fala com ele, nem com ninguém, e pior eu não vi ninguém falando com ela, ela ignora tudo e todos mesmo.

Eu sei que não deveria ser amigo do Damon  meu pai vive dizendo isso, mas ele não é tão ruim e eu gosto de como viramos um quarteto. Embora Damon seja estranho as vezes. Mais estranho do que ele só a relação que ele tem com a Eva. Ele está arrastando a gente nisso.

— Você vai jogar o campeonato boneca? — Damon perguntou deitando a cabeça e o corpo para olhar para Eva. Que sempre ignora ele. — Você é boa na rede deveria fazer isso. Quem sabe depois que você perder você chore...isso, jogue...

Ela olha para ele sem nenhuma expressão gritante mas Damon pareceu parar de falar e sorri como se estivesse conseguido o que queria.

— Avise seu pai que eu vou lá amanhã. — ele disse saindo de perto dela.

Enquanto Damon se afastava de Eva, eu observava a interação deles com certo interesse. Era óbvio que havia algo mais entre eles do que apenas palavras superficiais. Damon parecia intrigado pela falta de reação de Eva, e ela, por sua vez, mantinha sua postura serena e distante.

No entanto, a curiosidade de Damon em relação a Eva não era algo novo. Desde que ele começou a frequentar a escola, sua atenção parecia ser atraída por ela, mesmo que ela não demonstrasse nenhum interesse em interagir com ele ou com qualquer pessoa.

— Por que você insiste tanto em tentar se aproximar dela? — Perguntei a Damon quando ele se juntou a mim e a Will, que também parecia curioso com a dinâmica entre Damon e Eva.

Damon deu de ombros, um sorriso enigmático brincando em seus lábios.

— Ela é um quebra-cabeça interessante. Além disso, não é todo dia que encontramos alguém que não se importa com o que os outros pensam ou dizem.

Will balançou a cabeça, ainda intrigado.

— Mas ela não parece estar interessada em fazer amigos ou em qualquer coisa que não seja jogar vôlei e seguir sua rotina.

Eu concordei com Will. Eva era uma incógnita, uma figura solitária que parecia não se deixar afetar por nada ao seu redor, nem mesmo pelas tentativas de interação de Damon. Damon era tão estranho quanto ela. Mas o Damon era estranho, mas só ele. Eva era estranha em tudo, até a família dela e como ela é totalmente vazia e sem nenhuma vontade de se encher.

   Queria ver o que acontece se ela ficar com raiva de verdade, tipo, o que vai acontecer se um dia eu realmente conseguir fazer ela expressar algo. Eu acho que deve ser engraçado ver uma boneca de merda chorar. Acho que seria interessante.

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