Capítulo 69

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Eva

Eu não gosto de babas, não gosto de pessoas que eu não conheço com verdadeira intimidade cuidando do meu filho. Por isso eu não tenho uma babá. A única pessoa que eu realmente confio é a Ava já que ela é minha babá e do Ceasar e é amiga do minha mãe desde sempre.

- Você não precisa fazer as malas? - Pergunto pegando meu pacotinho nos braços, assim que pego ele ele agarra meu casaco e parece querer entrar em mim. - Meu disse que vamos amanhã.

- As malas estão prontas. - Ela disse organizando as malas de Mads. - Que tal ir ao jardim. Estamos finalmente no verão. Leve ele para ver algumas cores enquanto eu empacoto tudo.

Arrumei o chapéu na cabeça minúscula do meu bebê e ele deitou sobre meu busto. Olhei pela janela se vi um pouco de sol, mas não o suficiente. Achar que vai queimar tanto ele quanto eu. Mas mesmo assim, eu já vi mãe deixando a criança com a cara no sol. Se eu que sou adulta não suporto o sol imagina um bebê. Francamente...

- Onde está o Ceasar? - Perguntei antes de sair.

- Foi afogar as mágoas acho. - ela disse dobrando as mantas de mads. - Nessa deu um fora nele.

É exatamente por isso, Nessa não quer problemas e o Ceasar está se tornando um, já que a Nessa não quer um relacionamento com ele. E ele fica em cima dela como se fosse apenas medo da parte dela. Não a julgo, o Ceasar é impulsivo e extremamente ciumento. Nessa além de modelo é magnata do mundo do petróleo no mínimo ela quer alguém estável. Não um garoto de dezoito anos que acha que grudar em alguém é fazer o mesmo que namoro.

- Ele merece. - Digo abrindo a porta - Eu avisei para ele ir com calma. Mas ele nunca dá ouvidos.

- Espero que ele entenda isso. - Ela disse preocupada. - Seria trágico ver ele com problemas.

- Ele não é pior que eu Ava. - Digo deixo o bebê com as perninhas livre e sentando em uma das minhas mãos enquanto eu mantenho ele seguro, ele balança as perninhas no ar. - Não se preocupe. Ele vai afogar as mágoas com alguma garota no último dia dele na faculdade. Então não de preocupe. Ele vai sofrer de um jeito saudável. Eu espero.

- Você sempre foi feita para isso Eva. - Viro para ela confusa e ela sorri - Você sempre foi ótima em lidar com o Czar e é uma ótima mãe. Sua mãe estaria orgulhosa.

- eu nunca a decepcionei Ava. - Digo e mordo a língua automaticamente, sinto uma leve dor e suspiro. - Só o casamento. Mas ela não deu especificações.

- Ainda pode ser salvo. - ela disse séria.

Ava perdeu o marido em um atentado no mesmo ano que eu nasci, ele era amigo do meu pai. Ela o amava, na verdade eles eram como meus pais. Eles estavam completando três anos de casados, minha disse que eles tinha decidido ter filhos naquele ano. Mas semanas depois o Dimitri morreu.

- Ele não me ama Ava. - Digo parada no corredor. - E eu não sei amar como vocês. Ele não quer o que tenho a oferecer. E eu não sei dar o que ele quer.

- Um diálogo poderia resolver tudo.

- Sempre piora. - Digo respirando fundo - e não quero conversar sobre meu primeiro e último fracasso fere meu ego. Com licença.

Caminho pelos corredores e quase sinto falta da minha mãe, quando era pequena eu corria pelos corredores porque gostava da sensação de ser pega pelos meus pais e ser jogada no ar. Gostava de deslizar de meias pelo piso de mármore. Olho para as paredes e tem riscos e desenhos pelas paredes claras. Meu pai nunca deixou pintarem. Ele apenas fazia a manutenção e mandava pintar por cima da pintura nova o mesmo desenho.

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