capítulo 44

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Eva

Fotos, câmeras, algumas pessoas querendo selfs, mas pelo menos, eu estou sentindo alguem babando me esperando. Faço o procedimento padrão, não preciso me esforçar para ser amigável, apenas educada e proativa, eu não tive sonhos de estar lá, Ceasar apenas fez o que queria e eu também fiz porque não achei que seria ruim experimentar, tudo que eu faço sempre enjoa fácil e dois anos em revistas, passarelas, fotos, roupas, não enjoaram ainda. Embora eu tenha que fazer muito esforço para não matar meus haters. Porque eu tenho tanto que quase acho adoráveis como acham que me chamar de porca gorda ou de egoísta, as vezes me chama de anarquista da moda.

Quanto mais eles falam, mais meus trabalhos aumentam, se eles querem o novo tal empoderamento feminino deveriam aceitar que eu não vou comer como uma galinha apenas para caber em uma roupa. Conheci o filho do dono da Victoria Secrets. Ele olhou na minha cara, nesse momento e disse me frente as câmeras.

— Se uma modelo não cabe nas minhas roupas, então não vamos trocar as roupas vamos trocar a modelos, você sabe disso não é senhorita Orlov. — Ele quer arruma uma fofoca para mídia estadunidense sendo que nem os franceses abriram para boca para falarem dos meus atos.

     Assino um caderno e me viro para ele como se estivesse na passarela e ele está como se fosse o macho alfa e eu deveria me abaixa e lamber a bolas dele. Mas eu não vou fazer isso. Vou arrabca-la

— Se uma roupa não cabe no meu corpo. Então obviamente o problema é da marca. — Digo levanto um dedo ao meu queixo — Eles não vieram aqui pelas roupas senhor, Deus! Não sei seu nome! — Digo sarcástica e ele tranca o maxilar. — Eles vieram aqui para me ver desfilar, para me ver com as roupas e como elas ficam no meu corpo. Moda não é sobre esqueletos mais senhor presidente da Victtoria Secrets. Não estou vendo pediram fotos das roupas, querem meu rosto e minhas pernas na passarela.

— você é bonita apenas pelas roupas que veste.

— Eu ficaria linda até em uma roupa de faxineira. Roupas é acessórios. Sou eu que importa. O último homem que falou isso de uma mulher viu Marilyn Monroe pousar em um saco de batatas e ganhar mais dinheiro que o próprio. Estamos no século XXI. E no dia em que você tiver progesterona o suficiente para ter a beleza feminina, você terá voz sobre o que acontece com roupas e quem as veste.

— Posso acabar com sua carreira, você é apenas uma novata.

— Não sou modelo porque era morta de fome. Faço isso por hobby, no dia em que eu enjoar vou estar bem, porque não precisa disso para viver. Se queria um escândalo, teve. — Digo passando por ele, teve alguns gritinhos e após isso uma quantidade exorbitante de repórteres o prenderam e eu caminhei até onde eu queria estar.

    Saio do meio das pessoas e vejo que estou sendo seguida, quando estou longe o bastante, me viro e olho um pouco para cima, não o bastante. Prefiro assim. Homens geralmente são do meu tamanho ou mais baixos. Ter 1.80 não é agradável fora das passarelas.

— Oi. — ele disse, parece um pouco sem ar.

— Oi Will. — Digo ainda olhando nos olhos dele e ele não sabe o que fazer. Então levo meus braços ao pescoço dele e ele automaticamente leva as mãos a minha cintura. — Sua expressão está mau dormida, está se drogando demais.

Ele me abraça e eu sinto um cheiro de cigarro e álcool. Então ele não anda ficando sóbrio. Quando ele coloca o rosto do meu pescoço me cheirando eu coloco os dedos no cabelo dele e ele estremece. Meu pobre cachorrinho.

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