capítulo 33

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Kai


Ela é um stalker ou o que? Como ela entrou aqui com tanta facilidade? Pior ela está com uma pistola em mãos.

— Olá Kai. — Ela disse travando e destravando a pistola.

— Porra. Caralho Eva, para com isso. — Eu disse irritado. Eu tive que vir para casa porque ao que tudo indica meus pais viajaram e hoje eu ficaria em casa.

— Você está sozinho hoje. — Ela disse saindo da minha cama e andando até mim. Ela cresceu de novo? Ela está batendo na minha boca outra vez. — Sabe o que é mais interessante?

— Não tenho curiosidade. — Digo me afastando dela. Ela está armada, ela é doida. Vou levar um tiro se ela achar que vai ser interessante. — Se manda.

— Quanta Gentileza, as garotas sabem que você trata assim as garotas que só querem conversar com você? — ela disse sorrindo — Se eu quisesse te matar eu já teria enchido sua casa de gás tóxico.

— Ah, que piada maravilhosa, Eva. — Respondo com sarcasmo enquanto me afasto ainda mais dela. — Devo aplaudir sua criatividade em métodos de assassinato. Talvez possamos incluí-los no próximo encontro do clube de culinária da vizinhança.

Ela revira os olhos, e eu sinto a tensão aumentar no ar enquanto ela mantém a pistola em mãos, brincando com ela como se fosse um objeto qualquer.

— Você sabe que isso é loucura, certo? — Eu tento manter um tom de voz calmo, mas a situação é tão surreal que é difícil não me sentir tenso.

— Loucura é relativa, Kai. — Ela diz, sua voz suave contrastando com a cena tensa. — Mas você sabe muito bem que sou imprevisível. E é assim que pretendo continuar.

Eu tento encontrar alguma saída dessa situação, pensando rapidamente em como acalmar Eva sem provocá-la mais. Mas é como andar em um campo minado, cada palavra pode ser o gatilho para algo ainda pior.

— Olha, Eva, seja lá o que você está planejando, não vai acabar bem para nenhum de nós. — Tento apelar para sua racionalidade, mesmo sabendo que isso pode não funcionar com ela.

Ela sorri de forma enigmática, seus olhos brilhando com uma intensidade que me deixa desconfortável.

— Quem disse que estou planejando algo, Kai? Às vezes, só gosto de manter as opções abertas. — Ela diz, e o brilho na pistola reflete o brilho malicioso em seus olhos.

Eu engulo em seco, percebendo que talvez seja melhor não continuar provocando-a. Mas como sair dessa situação sem piorar as coisas?

— Eva, vamos conversar. Podemos resolver isso de outra forma. — Eu tento parecer calmo e conciliador, esperando que ela aceite abaixar a arma e discutir de forma civilizada.

Ela parece considerar por um momento, mas então seu sorriso se transforma em algo mais sombrio.

— Conversar é superestimado, Kai. Mas quem sabe... posso te dar uma chance de negociar. O que você tem a oferecer em troca da sua segurança?

Meus pensamentos correm em busca de uma resposta adequada enquanto tento não mostrar meu nervosismo. Eva é imprevisível, e eu estou lidando com uma situação que está fora do controle.

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