capítulo 73

319 49 12
                                    

Eva


Eu estava tranquila na sala de estar, brincando com meu filho, e vamos ser sinceros? Meu filho é o ser mais magnífico do planeta. Principalmente quando ele está sentando com as pernas abertas e com a mão inteira na boca.

— Por que não começamos a engatinhar? — Digo, incentivando-o, e ele abre um sorriso lindo, os olhos brilhando de curiosidade.

Ele estica os bracinhos, mas não se move. Ele está tão adorável que é difícil resistir à vontade de apertá-lo, mas me contenho para não interromper sua concentração.

Faz um mês que estamos morando aqui, e a única coisa irritante que fiz foi entregar o Mads para o pai dele por cinco minutos. Foi gratificante ver o Kai afundando na própria merda. Como pude esquecer? A visita da minha sogra. Ela veio uma vez e disse que só queria ver o bebê, mas eu o entreguei ao Ceasar e disse que ele estava dormindo, então ela não pode vê-lo. Posso ser uma megera com o filho dela, mas não ofendo a memória da minha mãe sendo rude com ela.

É irônico e irritante. Embora eu não goste deles, o Mads ainda é neto deles. Mesmo assim, faço questão de deixar claro como não gosto do meu sogro e como não quero eles por perto. Posso colocar a culpa no Kai ou no Katsu, não me importo. Sou a mãe, e não quero ouvir coisas escrotas do meu sogro sobre como devo me comportar, especialmente quando o exemplo que ele quer que eu siga é o dele. E o filho dele é uma praga.

Mas voltando ao presente, Mads está tão tranquilo aqui, completamente alheio aos problemas dos adultos. Ele é uma bola de energia, de risadas e descobertas, e eu vou garantir que ele cresça em um ambiente seguro, longe das influências tóxicas do pai e do avô.

O celular toca, interrompendo nosso momento de paz. É uma mensagem do Kai, algo sobre assuntos legais relacionados ao Mads. Ignoro por enquanto. Não quero lidar com ele agora, não depois do episódio de deixá-lo segurar o Mads pela primeira e última vez. Aquilo foi um show de arrependimento e miséria que ele mesmo criou.

Focando de volta no Mads, vejo como ele está concentrado tentando alcançar um brinquedo próximo. Ele balbucia algumas sílabas incompreensíveis, como se estivesse tentando conversar comigo. É incrível como ele já mostra personalidade tão cedo.

Enquanto o Mads se diverte explorando o mundo ao seu redor, eu penso nas escolhas que fiz. Não vou deixar o Kai chegar perto dele, não enquanto não mostrar um verdadeiro arrependimento e mudança. Meu filho merece o melhor, um ambiente incrível. Como eu cresci.

— Mads... — Chamo e ele me olha com um brinquedo na boca. — Você que ir infernizar alguém com a mamãe?

   Ele abre um riso tão lindo, sim, eu gosto disso. Como meu corpo reage a essas atitudes inocentes do meu filhinho. Pego ele no colo e ele parece conversar comigo.

— Nossa? Sério? — ele parece sério enquanto apenas sons. — Que perigo. E o que você disse para ele.

  Então ele caiu na risada e enfiou o rostinho no meu pescoço. Viu como ele é adorável? Levantei do chão e fomos para o quarto dele. O troquei, coloquei uma roupinha adorável com suspensórios e ele adorou. Organizei a bolsa dele e estava pronta para sair com ele.

Olho o smartwatch e são uma da tarde, se não engano hoje é terça feira. E se ele não mudou a rotina escrota dele. Ele vai almoçar no restaurante japonês de Meridian. Quando estou descendo para ir para o carro Nessa está na sala de pé, e Ceasar está no jardim vindo andando rápido demais. Eu sou mais rápida que ele.

— Ah! Meu Deus! — Nessa diz caminhando até mim. — Esse neném é prole daquele escroto? Parece que sua genética realmente faz milagres Eva. Oi bebê...

Skyfall Onde histórias criam vida. Descubra agora