Capítulo 20

444 55 5
                                    

Eva

    Eu estou agindo normalmente, mas estou ficando impaciente, acho que vou bater em alguém mais especificamente no próximo que zombar da minha mãe por ela morrer ao meu lado. Não ligo se falam de mim, mas vão abrir a boca pela última vez na próxima vez que me chamarem de filha do demônio só por causa do nome da minha mãe.

   Caminho até meu armário e jogo tudo lá, assim que fecho tem algumas coisas presas no meu armário, tem uma estrela de seis pontas e até uma cruz de cabeça para baixo. Eles são imbecis. Mesmo que eu fosse seguidora do próprio lúcifer, fazer isso já é errado. Eu sei que é. Mas porque estou tão irritada?

   Mas de acham que eu vou surtar com isso estão enganados. Fechei a porta do armário e sai para meu treino, uma coisa irritante depois da morte da minha mãe é que ela acham que eu estou sofrendo. Não estou sofrendo estou grata pelo tempo que ela dedicou... Como foi que o Evans disse? Ah sim o tempo que ela dedicou a uma aberração como eu. Que talvez o cancer dela tenha vindo de mim. Seja o que for, isso não se fala de uma criança, principalmente com Ceasar na mesma sala. O dele está guardado.

— Eva...vá para casa hoje. — Olho para Noah e ela está desviando o olhar dos meus. — Você sabe...

— sabe o que Noah? — Nessa perguntou, ela também acabou de chegar.

— Eu só estou liberando ela. Ela sabe... A mãe dela morreu.

— Por que está falando dessa merda como se ela fosse uma coitada. E eu vi vocês no armário dela hoje mais cedo. Vocês são doentes porra? Agora sim, ela perdeu a mãe dela Vacas.

— Mas a família dela é estranha, tipo, porque alguém se chamaria Lilith? — Noah me olhou com medo. — E vimos a avó dela aquele dia. Ela tinha uma estrela de seis pontas na mão tatuada.

  A professora nem sequer fez o trabalho dela, isso claramente é descriminação mas pelo jeito está tudo bem. Vejo porque a Rússia tem vontade de explodir essa merda de pedaço de terra.

— Ok. — Joguei a bolsa de treino no chão e acendi meu esqueiro e joguei em cima.

   Quando vi as chamas algo muito estranho e confortável se ajustou dentro de mim. Não preciso mais desse lixo. Vou ter mais tempo se não fazer nada. Isso é bom. Dei as costas e acendi um cigarro.

— não pode fumar aqui. — a professora disse brava.

— Você vai perder seu emprego. — eu digo olhando para ela. — Descriminação é crime, descriminação com uma criança que acabou de perder a mãe é pior ainda. Veja bem professora. — soltei a fumaça e olhei para ela com desdém — eu posso contar a diretoria que você anda abrindo as pernas para os alunos. Veremos Damon Torrance... Michael-

— Só saia! — Ela gritou e eu saí.

   Antes que eu chegasse no carro meu cigarro tinha acabado, terminei com meu maço antes de entrar no carro, já está bom não é? Acho que já fiz o possível para ser adaptada. Quando entrei no meu carro eu só fiquei ali quieta. Sim. Eu sinto falta da minha mãe. Talvez seja isso que meu quis dizer com dor. A falta dela em incomoda. Por isso, já chega para mim. Minha mãe está morta, dentro de uma ampulheta de três horas, não tem mais nada além disso dela na minha casa. Roupas e retratos é tudo que sobrou para mim lá. O testamento dela foi como havia imaginado. Nada surpreendente.

Skyfall Onde histórias criam vida. Descubra agora