Capítulo 38

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Pov's Kaity

Qual é o problema dele?

Qual é o problema dele?

Essa palavra se repetia na minha cabeça, como um ditado que meu pai fazia antes das provas, ou quando eu me inspirava em algum livro, ou tentava gravar aquela pergunta do questionário de história. - história? história que eu não tenho.

Estou plantada na frente de um prédio enorme das ruas principais de São Paulo, aonde esperava Bax sair para irmos a o porão, aonde ele costuma ser pertubado. - ele me ligou 02h da manhã, afirmando que "Colocar o plano em dia", era uma ideia boa.

- Moça? Tá esperando alguém? - perguntou o porteiro do grande prédios das principais de São Paulo, espremi os meus olhos naquelas cadeiras confórtaveis. - Estou sim. - tentei fugir do assunto, ele não entenderia um plano malicioso.

Porque usei "malicioso"?

- Poderia saber o número do apartamento, se quiser posso ligar para a senhora. - cheguei a revirar meus olhos por dentro, mas tive que fingir simpatia, minha vontade era entregar Bax e voltar para fora do país, mas não posso...porque...Até minha mente com essas perguntas?

- Não, não mas muito obrigada. 

O que eu esperava de mim? Ou o que eu esperava de o que ele me contrariasse? Era essas palavras sem sentido passando em minha cabeça, como seu estivesse com medo de algo, na real...O que eu estava fazendo lá? Esperando aquele ruivinho como raposa? Que me pertubava toda vez? Se não fosse pela missão noturna, largava ele de vez.

Meu celular começou a tocar, e logo arranquei com a força do ódio de minha bolsa de ombro.

- Kaity, cadê o Bax? - perguntou a voz desconhecida, e logo percebi a ligação pelo SMS, vindo da ligação noturna. - Tô esperando ele, posso trocar de capanga?

Desligaram, e revirei os olhos.

Missão noturna era algo que queria fugir a tempos, até eu receber uma ligação assim, uma das minhas profissões é trabalhar no FBI, mas me destaco mais nas ligações noturnas, você fica em uma sala na Casa Branca, aonde apenas tem acesso a um telefone. - nesse telefone, você recebe codinomes como "carro, casa e cachorro" e consegue decifrar o que está acontecendo.

Bax era um dos capangas que me ajudava quando eu era invocada em alguma missão noturna, ele poder ser sim um idiota, mas quando a questão é sobreviver o mais rápido possível, e ser silencioso, ele consegue isso. - mas fora do trabalho é um babaca completo.

Quando finalmente ele apareceu, andando devagar como se estivessemos tempo, acho que ele faz isso de proposito, eu nem tenho dúvida. - mas do que ele tava...

Fui parada em meus pensamentos.

- Me observando, senhorita? - perguntou se abaixando na minha altura, revirei os olhos me levantando, olhando em seus olhos cinzas como concreto, mas leves como uma pena.

- Ainda nisso? Já não dei foras suficientes?

Colocava na minha cabeça desde o colegial de não me apaixonar por Bax, mas ele não parecia se esforçar pra fazer o mesmo. - Mas é obvio que nunca iria me apaixonar por ele.

Bax pode ser atraente, mas uma pessoa escolhe quem é o "lobo mau" do conto de fadas, uma pessoa tem essa decisão, mas quando alguém na história é o lobo mau do tão famoso "conto de fadas", é porque alguém escolheu que ele teria esse papel. - infelizmente, ele não teve essa escolha.

Friends? - Jessie & CoutinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora