∞•••••💗Capítulo 63💗•••••∞

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Eu não imaginava que isso iria acontecer, agora estou igual a um louco pisando no acelerador, indo para Hallstatt, atrás da Ava

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Eu não imaginava que isso iria acontecer, agora estou igual a um louco pisando no acelerador, indo para Hallstatt, atrás da Ava. Quando acordei, a cama estava vazia e ela não estava no nosso apartamento, liguei para ela várias vezes e em nenhuma delas ela me atendeu, então liguei para todos até achá-la na casa da vovó Dulce. Ava chegou calada, tomou banho e foi dormir, nem mesmo quis comer. Eu não duvidei dela, em nenhum momento, mas neste tempo que a conheço nunca ela falou da mãe. Eu sabia que a mãe havia morrido, mas nunca me aprofundei no assunto, até porque não queria que ela sofresse. Chego na ilha e vou direto para a casa da vovó, passo pelas ruas desertas e chego em frente ao portão.

Pego as chaves no porta luvas e desço do carro, abro o portão e entro no carro, entrando na propriedade. As luzes da varanda estão acesas, paro o carro desligando-o e pego a mochila que trouxe, desço do carro e vou em direção à porta. Abro com as chaves que a vovó me deu e está tudo em um total silêncio.

Subo as escadas sem fazer barulho e vou para o quarto onde sei que Ava está, assim que chegou em frente suspiro e abro a porta, a vendo dormindo com seus cabelos esparramados. Fico parado a admirando.

— Gatão — olho para o corredor e a vovó está parada ali. — Guarde sua mochila, te espero lá em baixo. — Faço um gesto positivo com a cabeça, entro indo até o closet e guardo minha mochila, vou até a Ava e tiro uma mecha de cabelo de seu rosto delicadamente para não acordá-la.

Ela é tão linda, tão forte e, ao mesmo tempo, tão frágil!

A cubro melhor e saio do quarto, fechando a porta. Desço as escadas e vou para a cozinha, vovó está no fogão.

— Ela chegou aqui desesperada, chorando dizendo que vocês brigaram. — Me sento e suspiro.

— Nós não brigamos, eu só não usei as palavras certas, então ela explodiu. — Digo e ela me entrega uma xícara fumegante e o cheiro é delicioso.

— Vem, vamos sentar no jardim, a vista do céu a noite é linda — me levanto e ela abre a porta, então saímos e seguimos até a mesa, que está debaixo de uma árvore e nos sentamos. — Eu li as coisas horríveis que estão falando da minha filha — olho para ela. — Se ela estivesse viva, iria querer quebrar a cara da pessoa que falou aquelas mentiras.

— Então tudo lá é mentira? — Pergunto colocando a xícara na mesa, depois de tomar um pouco e além do cheiro ser muito bom, o gosto é maravilhoso.

— Michelle, quando criança, era incrível, muito inteligente e estava disposta a enfrentar tudo para conseguir o que queria, não importa o que ela precisasse fazer. Minha filha havia recebido um convite para desfilar para uma revista famosa, assim ela juntou os trocados que tinha, já que o pai era contra ela ir para outro país e então saiu pela porta sem olhar para trás, após discutir com o pai e ele a mandar embora de casa — ela suspira. — Eu tentei de todas as formas fazer com que ela ficasse e que Kaio voltasse atrás nas suas palavras, porém nada funcionou e ela se foi. Meses depois a revista chegou pelo correio e lá estava ela, linda e minha menina tinha se tornado o que tanto sonhou e buscou, ela havia crescido, e se tornado uma linda mulher que estava realizando seus sonhos.

Ela toma o seu chá, olhando para o céu e sorri, como se as lembranças estivessem passando diante de seus olhos como um filme.

— O que aconteceu depois? — Ela me olha colocando a xícara em cima da mesa.

— Alguns anos depois, Kaio ficou muito doente e ela veio vê-lo, mas ele não a quis por perto e assim ela voltou para onde morava, dias depois ele faleceu. Então se passaram cinco anos desde que ela havia saído de casa e em um belo dia, Michelle voltou para Hallstatt. Ela me contou que no começo tudo estava correndo bem e que ela estava sendo muito bem paga, que estava até pensando em comprar uma casa, mas tudo mudou quando começaram a colocar as modelos para serem acompanhantes de luxo, algumas tinham que ser fixas e outras não e Michelle fazia os dois, pois a pessoa que prometeu cuidar dela, a vendia como um pedaço de carne. Então, para não ser despedida e não perder o seu sonho, ela continuou por um tempo. Mas acabou engravidando e voltou para casa. No dia seguinte, marquei uma consulta para ela com uma médica que era conhecida na época e que trabalhava no hospital vizinho, fomos juntas à médica para fazer os exames de pré-natal, como todas as gestantes fazem. Foi durante esse exame que recebemos uma notícia que mudou nossas vidas: a Michele foi diagnosticada como portadora do vírus do HIV. A descoberta do HIV durante o exame de pré-natal foi um momento difícil para Michele, ela precisou ser sedada, pois ficou abalada e chorava muito. Mas seguimos todas as orientações médicas para garantir o melhor cuidado possível. Estávamos gratas por termos recebido o apoio necessário e por termos seguido os procedimentos recomendados para garantir a saúde da Michele e do bebê. Nas próximas consultas, sempre havia uma equipe médica nos auxiliando, sentíamos medo e quando ouvimos o coração dela... foi como se a esperança batesse na nossa porta e nos mostrasse o quão linda ela era. — Vovó limpa uma lágrima e pego sua mão, fazendo um carinho nela. — Então a equipe médica nos explicou que era essencial tomar todas as medidas necessárias para garantir a saúde da Michele e do bebê. Recebemos informações detalhadas sobre o HIV, as opções de tratamento disponíveis e as medidas que poderíamos tomar para evitar a transmissão para o bebê. Um dos principais procedimentos recomendados foi o tratamento antirretroviral. A Michele começou a tomar os medicamentos prescritos para reduzir a carga viral e proteger sua própria saúde. Além disso, o tratamento também ajudaria a diminuir o risco de transmitir o vírus para a bebê. Durante toda a gravidez, a Michele teve consultas médicas regulares para monitorar sua saúde e a da minha princesa. Fazíamos exames de sangue para verificar a carga viral e a contagem de células CD4. Essas consultas eram fundamentais para acompanhar o progresso e ajustar o tratamento, se necessário. Quando chegou a hora do parto, a equipe médica decidiu que um parto por cesariana seria a melhor opção para reduzir o risco de transmissão do HIV para a nossa princesa. Embora tenha sido um momento de muita ansiedade, estávamos confiantes de que estávamos tomando as medidas adequadas para proteger a saúde dela. Quando a tiraram, eu estava lá e a vi, foi como se tudo se iluminasse. — Sua voz fica embargada. 

CASADA COM O MEU EX-CUNHADO.Onde histórias criam vida. Descubra agora