— Eu sei! — Digo, olhando pela janela, ainda nervosa, pensando em como serei percebida por eles.
— Olhe para mim. — Ele vira meu rosto em sua direção e sorri.
— Você é incrível e determinada, meus pais vão te amar, e seremos amigos para sempre, mesmo que tudo e todos digam o oposto. — Sorrio, voltando minha atenção para a paisagem.
Enquanto o carro desliza suavemente pela estrada arborizada, sinto uma mistura de animação e nervosismo. Ravi está ao meu lado, segurando firmemente o volante, com um sorriso radiante no rosto. O sol poente pinta a paisagem com tons dourados, iluminando o caminho à nossa frente. À medida que nos aproximamos, paramos diante dos imponentes portões de ferro forjado, e meu coração começa a bater mais rápido. Esses portões altos e majestosos parecem guardiões silenciosos de um lugar repleto de lembranças. Eles se abrem lentamente quando Ravi aperta um botão no console do carro, revelando uma avenida cercada por árvores altas e frondosas.
— Bem-vinda à mansão Lockwood. — Diz ele, lançando-me um rápido olhar antes de voltar sua atenção para a estrada.
O caminho é pavimentado com paralelepípedos desgastados pelo tempo, conferindo-lhe um charme histórico. As árvores curvam-se elegantemente sobre a estrada, formando um túnel verdejante que parece nos conduzir em direção à mansão. À medida que avançamos, a mansão vai ganhando forma ao longe. Ela se ergue majestosamente com suas paredes de pedra cinza, emanando um ar de grandiosidade e mistério. As janelas altas e estreitas parecem observar atentamente nossa chegada, enquanto heras entrelaçadas sobem pelas paredes, conferindo uma pitada de natureza selvagem à imponência da fachada.
A mansão e seus arredores são meticulosamente cuidados, afinal, é a residência de um dos homens mais ricos da Áustria. Cada detalhe é perfeitamente mantido, desde os jardins aparados com precisão até a pintura impecável das paredes. É evidente o amor e a dedicação investidos na preservação deste lar.
Conforme nos aproximamos, minha atenção é atraída para a entrada principal, marcada por uma imponente porta dupla de madeira maciça, habilmente esculpida com detalhes intrincados. Duas colunas altas sustentam um telhado ornamentado, que se estende em um arco gracioso.
A mansão irradia uma atmosfera de história e segredos antigos, como se cada pedra guardasse uma narrativa única. É difícil evitar a sensação de pequenez diante da grandiosidade do lugar, mas a curiosidade e a emoção me impulsiona a desejar explorar o que está guardado dentro daquelas paredes. À medida que o carro finalmente se aproxima da entrada principal, o som dos pneus sobre os paralelepípedos diminui, e uma quietude envolve o ambiente.
Ravi para na entrada, e a porta do seu lado é aberta. Ele desce do carro, cumprimentando a pessoa, e depois caminha em minha direção. Respiro fundo, e a porta é aberta. Estendo minha mão, e ele gentilmente me ajuda a sair do veículo.
Com passos cuidadosos, adentramos a mansão. A atmosfera nas imponentes paredes revela instantaneamente o amor e a dedicação com que este lugar é cuidado. O ar é preenchido com um sutil aroma de flores frescas, e o som abafado de vozes animadas e risadas. Ravi me conduz elegantemente pelos espaçosos corredores, cujo piso de madeira polida reflete a luz das luminárias. As paredes são adornadas com quadros de arte e fotografias de momentos especiais, contando a história da família de Ravi. A cada passo, surge um toque de charme e elegância.
Finalmente, chegamos à sala de estar, onde a energia vibrante de um encontro caloroso preenche o ambiente. Os pais de Ravi estão presentes, recebendo os convidados com sorrisos calorosos e uma sensação acolhedora. A sala é decorada com bom gosto, combinando móveis elegantes com elementos de design tradicional.
— Meu filho, você chegou! — A mulher elegante caminha até nós, e solto o braço de Ravi, que abraça a mulher de meia-idade.
— Está deslumbrante, mamãe.
— Um cavalheiro como sempre. — Diz, fazendo um carinho no rosto de Ravi, e se virando para mim.
— Mamãe, esta é a senhorita Radcliffe.
— Muito prazer, querida.
— Muito prazer, senhora Lockwood. — Retribuo o abraço que ele me deu.
— Nada de senhora, pode me chamar de Asla. — Sorrio.
— Muito prazer, Asla, e se quiser, pode me chamar de Ava. — Ela sorri.
— Um nome lindo para uma moça encantadora.
— Obrigada. — Sorrio, um pouco sem jeito.
— Papai, esta é a Ava Radcliffe, minha amiga.
— Muito prazer, senhor Lockwood. — Digo, estendendo minha mão, e ele, cortês, a pega e a beija.
— O prazer é meu, senhorita. Seja muito bem-vinda à nossa casa. — Diz e se afasta.
— Obrigada, senhor.
— Aqui não tem essa de senhor, então pode me chamar de Dangelo. — Sorrio, e a senhora Asla coloca seu braço no meu, sorrindo.
— Vem, irei lhe apresentar os convidados. Espero que, por não ter muitas moças da sua idade, este jantar não lhe seja entediante.
— Claro que não. Sou imensamente grata pelo convite feito a mim. — Sorrimos.
Guiada de um sofá a outro, sou apresentada a todos. Após conhecê-los, acomodo-me em um sofá confortável onde os visitantes são convidados a se sentar e dialogar, enquanto mesas de centro exibem bandejas de aperitivos e bebidas cuidadosamente arranjadas. A luz suave das luminárias criam uma atmosfera acolhedora e aconchegante, envolvendo a cena com um brilho dourado. Os convidados ao redor nos olham com sorrisos amigáveis e gestos de boas-vindas. O ambiente está repleto de conversas animadas e risadas contagiantes, formando um cenário acolhedor e familiar.
Um casal sorri para mim e uma senhora simpática pergunta: — O que acha da nova exposição no museu de Artes Lockwood?
— Fiquei encantada! A temática é incrível, abordando a história da arte moderna e contemporânea. As obras expostas são realmente impressionantes, com uma variedade de estilos e técnicas. Recomendo muito que vá conferir, se ainda não foi, tenho certeza de que irá amar!
O senhor ao seu lado, de olhos azuis, sorri.
— Você gosta de música clássica? Amo os concertos.
— Com certeza! Sou apaixonada por música clássica! É incrível como as composições clássicas podem nos transportar para um mundo de emoções e nos fazer viajar no tempo. O concerto no teatro Aurora, promete ser maravilhoso! O senhor vai? — Ele sorri e faz um gesto positivo com a cabeça. — Qual é a sua favorita? Eu adoro a Sinfonia No. 9 de Beethoven, é uma obra-prima! — Falo e ele me olha maravilhado.
— É difícil ver jovens hoje em dia que apreciam artes e concertos. — Sorrio.
— Sou meio que diferente do pessoal da minha idade, sempre digo que nasci no século errado. — Ele sorri e continuamos uma conversa animada.
Sou envolvida pela energia positiva e pela sensação de pertencimento. É evidente que esta mansão é mais do que apenas uma casa — é um refúgio onde as pessoas se encontram, compartilham momentos preciosos e criam memórias duradouras. A sala de estar, com sua atmosfera convidativa, é o coração pulsante desta mansão. É um espaço onde histórias são compartilhadas, gargalhadas ecoam e laços são fortalecidos. Sinto-me privilegiada por estar aqui, envolvida pelo afeto e pela essência acolhedora deste lar. Enquanto o som das vozes e risadas preenche o ar, sinto uma profunda gratidão por fazer parte desta reunião especial. A vida na mansão dos pais de Ravi é uma verdadeira teia de amor, amizade e celebração. Fico imaginando se essa é a sensação de ter uma família com pais amorosos e preocupados com o seu bem-estar.
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Olá, amores!
Capítulos de hoje postados, espero que aproveitem! Até a próxima 😘❤️
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CASADA COM O MEU EX-CUNHADO.
RomantizmÀs vezes nos pegamos apaixonadas quando menos esperamos, no meu caso isso aconteceu repentinamente. Eu estava no museu para uma entrevista de trabalho, me sentia apreensiva, contudo, aquele dia foi o melhor da minha vida. O que eu posso dizer... con...