— Eu não estou com ciúmes, apenas cuidando do que é meu! — Me aproximo dele, passando minha mão por seus braços. — Meu marido é muito lindo... — cheiro seu pescoço e ele agarra minha cintura, me puxando ainda mais para ele. — Cheiroso... — dou uma mordida ali. — E muito gostoso — me afasto. — Então, preciso cuidar do que é meu, porque existe uma abutre rodeando.
— Abutre? — Ele pergunta, confuso, mas sorri.
— Sim, uma bem atrevida, sem noção e sem freios.
Ele sorri e me beija, se afastando quando meu estômago reclama novamente.
— Vou colocar uma camisa e vamos descer, minha Biscoitinha está dizendo que está com fome. — Ele diz e vai até o closet, depois volta vestindo uma camisa, abre a porta pegando na minha mão e saímos do quarto.
O que vi não sai da minha cabeça, vou dar um jeito de descobrir a verdade.
Entro no escritório do meu pai, onde todos estão reunidos. Ava ainda está dormindo, esses dias estão sendo tumultuados e ela está tendo um desgaste mental que me deixa preocupado, tanto com ela, como com a nossa biscoitinha.
— Vamos resolver isso? — Pergunto olhando para a Jessyka, que não está com uma cara nada boa.
— Você é um...
— Um quê Jessyka?
— Você nem ao menos olhou para o seu filho, saiu correndo como um cachorrinho atrás daquelazinha... — Me aproximo dela rápido, apontando o dedo em seu rosto.
— Se você falar qualquer coisa da minha esposa, eu não respondo por mim. — Vejo o medo em seus olhos, até porque nunca agi assim com ela.
— Calma, vamos acalmar os ânimos. — Zadock diz puxando Jessyka para trás, papai que estava sentado, se levantou.
— Filho se acalme — diz olhando para mim. — Jessyka, não quero que falte com respeito a Ava. Nada do que te contaram é verdade, ela nunca traiu o Zack, na verdade, foi o contrário. — Ela olha para Zadock e ele sorri, jogando os ombros para cima.
— Eu apenas não quis sair como o vilão da história.
— Como sempre, culpando as pessoas pelos seus erros — digo e o sorriso que havia em seu rosto morre. — Agora me diz, o que você está fazendo aqui? Que eu saiba, o suposto pai da criança sou eu e não você. — Digo olhando para Zadock, mas mudo meu olhar ao escutar a voz de Jessyka
— Otto, o nome dele é Otto e não criança. E ele é seu filho Ravi.
— Você realmente acredita nisso, ou quer que eu acredite em você? Ele pode ser filho de qualquer um dos caras que você me traiu, quando estávamos juntos.
— Ele é seu! Quando cheguei ao Japão, já estava grávida, com treze semanas.
— E você quer que eu acredite nisso?
— Mano, ela não iria mentir em algo tão sério assim. — Zadock diz.
— Isso não diz respeito a você! Vou perguntar de novo, o que você está fazendo aqui Zadock? — Falo começando a me irritar de verdade.
— Eu pedi a ajuda dele — olho para a Jessyka que desaba na poltrona. — Eu não sabia como seria recebida ou como aceitariam a notícia. Então liguei para o Zack e pedi a ajuda dele.
— Por isso estou aqui mano, eu vim ajudar a minha cunhadinha.
— Ela não é a sua cunhada, a Ava, sim, é!
— Jessyka sempre será a minha cunhada, sempre fomos próximos e amigos. A sua esposa não é nada minha e muito menos tem a minha consideração, pois ela é uma golpista, ainda mais agora que está carregando... — Quando dou por mim, estou socando-o.
Meu pai tenta me separar dele, que sorri através dos socos. Então me tiram de cima dele, Marco me segura e tento me acalmar.
— Nunca mais fale da minha esposa, muito menos da nossa bebê desta forma. Você não tem direito nenhum de falar da Ava! — Marco me solta, Jessyka está olhando para nós dois com os olhos arregalados.
— Ravi, o que essa mulher fez com você?
— Eu apenas parei de ser besta. Eu vou proteger a minha família, independente de quem quer que seja.
Zadock passa por mim, batendo o seu ombro no meu e saí do escritório com a boca cheia de sangue. Do nada a Ava aparece com a minha mãe, com os olhos arregalados e branca igual a um papel. Me aproximo dela, que olha para a minha mão, a pegando e seus olhos se enchem de lágrimas.
— Está tudo bem, fica tranquila, eu estou bem.
— Iremos fazer o teste de paternidade. — Jessyka diz e me viro, sorrindo.
— Você sabe que isso não vai dar certo.
— Sim, eu sei que com você o teste dará negativo ou inconclusivo, pelo quimerismo.
— Eu não posso aceitar apenas a sua palavra, você me traiu várias vezes Jessyka, a criança pode ser filho de qualquer um deles. Aí quem estará querendo dar o golpe é você!
— Claro que não! Eu estive pensando... há outra maneira de provar a paternidade.
— Qual é?
— Eu fiz algumas pesquisas e descobri que podemos usar as amostras de DNA dos seus pais e do seu irmão para realizar o teste de paternidade. Eles compartilham parte do seu DNA, então talvez isso possa nos ajudar a estabelecer a relação de parentesco de forma mais precisa.
— Mas será que isso realmente funcionaria? — Ava pergunta.
— Não há garantias, mas acredito que vale a pena tentar. Tenho certeza que todos irão colaborar. Eles podem fornecer as amostras de DNA necessárias para o teste.
— Eu aceito. — Meu pai diz.
— É uma proposta ousada, mas estou disposto a seguir em frente. Precisamos descobrir a verdade de uma vez por todas.
— Fico feliz que você esteja disposto a tentar. O Otto é seu filho, tem o seu sorriso, os mesmos gostos por tecnologia... — ela se aproxima e Ava segura a minha mão bem forte. — Ele sempre perguntou do pai, disse que o queria conhecer. Então fale com ele, conheça o seu filho e se desculpe por não ter o conhecido ontem. — Jessyka diz e olha para a Ava, posso ver o desdém em seus olhos.
— Irei providenciar os exames. Ravi, vamos todos fazer uma pequena viagem em família — meu pai diz e se aproxima de nós. — Temos que comemorar, eu serei vovó! Na verdade, ganhei dois netos — ele faz um carinho nos cabelos da Ava, que sorri para o meu pai. — Se arrumem, já mandei que arrumassem tudo para irmos, partimos daqui a duas horas. — Diz e saí do escritório.
— Vá falar com o seu filho. — Jessyka diz e saí em seguida.
— Minha vontade é de grudar no pescoço daquela magrela. — Ava diz e sorrio, a abraçando.
— Se caso quiser, podemos apenas ir para casa.
— Não, vamos para essa viagem. Depois vão dizer que eu sou chata e que você é o meu cachorrinho.
— Auau! — Digo fazendo-a sorrir e a beijo.
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CASADA COM O MEU EX-CUNHADO.
RomanceÀs vezes nos pegamos apaixonadas quando menos esperamos, no meu caso isso aconteceu repentinamente. Eu estava no museu para uma entrevista de trabalho, me sentia apreensiva, contudo, aquele dia foi o melhor da minha vida. O que eu posso dizer... con...