Às vezes nos pegamos apaixonadas quando menos esperamos, no meu caso isso aconteceu repentinamente.
Eu estava no museu para uma entrevista de trabalho, me sentia apreensiva, contudo, aquele dia foi o melhor da minha vida.
O que eu posso dizer... con...
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Estou no banco de trás de um carro, junto com Jessyka e a mãe de Ravi. Nós estamos a caminho de uma loja de artigos para crianças, para comprar algumas coisas para Otto. A atmosfera no carro é tensa, carregada com emoções não ditas e segredos não revelados.
Flashback on.
— Asla, querida, o que acha de irmos eu, você e a Ava comprar algo para o quarto do Otto? Seria incrível ter algo único para ele. — Jessyka diz e nem ao menos levo a minha xícara que havia pegado a boca, a coloco novamente na mesa.
— Seria incrível! — Asla, diz sorrindo.
— Eu estou bem cansada, podem ir apenas vocês duas.
— Ava, você terá que participar das coisas do Otto, já que está casada com o pai dele. Terá que se acostumar em sair comigo para comprar as coisas para o meu filho com o Ravi — Ela diz com um sorrisinho sínico no rosto.
Olho para a minha sogra que praticamente implora com o olhar e suspiro.
— Ok, eu irei já que está pedindo tão educadamente — me levanto. — Vou subir para me arrumar.
— Saímos daqui a trinta minutos, não demore! — Ela diz e fecho os olhos seguindo para o quarto.
Abro a porta, a fechando e me encosto nela, tentando me acalmar e não perder a paciência que me resta com ela. Caminho até a cama e me sento, colocando a mão em minha barriga. Realmente não estou me sentindo bem, esses enjoos estão acabando comigo.
— Amor, aconteceu algo? — Ravi pergunta, assim que entra no quarto.
— Vou sair com a sua mãe e a Jessyka. — Ele se aproxima, sentando-se ao meu lado, fazendo um carinho em meu rosto.
— Mas você está melhor para sair?
— Não! Mas a sua mãe me olhou de uma forma, que eu não poderia dizer não mais uma vez.
— Se não estiver bem, ela irá entender se não for.
— Eu vou, até porque se o Otto for mesmo seu filho, terei que me acostumar com aquela mulherzinha. — Me levanto e ele segura o meu braço, me olhando e depois me puxa para o seu colo.
— Ele não é meu filho, eu sinto aqui — ele coloca a palma da minha mão, sobre seu peito. — Não fique assim, quando eles fizerem os exames tudo irá resolver.
— Sabemos que isso irá demorar para acontecer e irei sofrer sem saber a verdade... Eu acredito em você, amor, mas ela fala com tanta veemência que não tem como duvidar. Se ele for seu filho? Você terá que aceitar e parar de ficar negando.
— Eu não consigo pensar assim. O Otto não se parece em nada comigo, já passei horas e horas olhando para ele tentando achar algo parecido comigo, mas não tem nada! Nem mesmo uma pintinha. — Assim que ele diz me lembro da marca de nascença que vi em Otto.
