Um Amigo

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Iroh, Zuko e Kaili estavam prontos para partir e encontrar novos horizontes. Iroh já estava em condições bem melhores para aguentar longas distâncias. Tentaram se livrar de tudo que seria um peso para a viagem. Iroh estava em cima do cavalo-ave com uma bolsa de instrumentos para chá. Zuko estava pronto para subir no animal até Iroh o parar.

- Deixe Kaili subir aqui, é assim que se trata as damas.

Zuko ficou com aquela cara inexpressiva de sempre, mas suas bochechas ficaram rosadas. Kaili riu sem graça.

- Não tem problemas, eu gosto de ir a pé, me dá contato com a natureza.

Uma mão surge a sua frente. Zuko está com a cara virada para o lado.

- Eu posso ir a pé.

Kaili estava tão surpresa que não se mexia, apenas piscava tentando ver se o que acontecia a sua frente era real.

- Vai aceitar ou não?! - ele grita como uma criança.

Ela sai de seu transe.

- Claro, Vossa Alteza.

Kaili toca na mão de Zuko e ela tem quase certeza que aquela é a primeira vez, após o navio antigo dele ter sido explodido, que ele iniciou algum contato.

Os três vão em passos devagar, não estão com pressa, contanto que não sejam atacados está tudo bem.

Agora eu choro pétalas que nunca verei
Só há o branco gelado
Não mais amor
Eu me escondo
E a tempestade me encontra
Caio e peço para mais um dia ver a flor

- Que música é essa? - questiona Iroh guiando o cavalo-ave - Não me recordo de nada como essa.

Kaili fica vermelha por um segundo, estava tão distraída que começou a murmurar aquela... aberração.

- É minha, pelo menos é uma coisa que me veio a cabeça enquanto eu estava brincando com o chapey e tocando aquelas músicas do papiro.

- É bonita.

- Eh, acho que dá pro gasto. - mas não podia deixar de esconder o sorriso de seu rosto.

O sol já estava no seu pico, até o estômago dela roncava com o horário, poderia facilmente comer um inseto, nem iria reclamar, bem frito... pronto estava ficando louca de verdade.

Uma bola de fogo passa por eles e se percebem cercados por quatro homens fortes em cima de rinocerontes. Um era branco com um bigode, outro tinha tatuagens no rosto e um arco em flecha, o terceiro era negro com uma trança e o quarto tinha a pele pálida.

- Muito bem, Iroh, agora se renda. - diz o branco com bigode.

- Quem são eles? - sussurra Zuko.

- Velhos amigos. - Iroh responde com nervosismo - Quatro homens, cada um com uma especialidade e um ótimo quarteto musical.

- Não estamos aqui para cantar, Iroh.

Uma flecha é atirada em direção ao trio, ela está coberta de fogo, eles desviam e ela cai ao chão. Uma bola com correntes é lançada, Iroh a agarra, puxa e lança, fazendo-a se enrolar em um dos outros homens. Zuko pega suas espadas e ataca o de bigode. Kaili, sem armas, salta do cavalo-ave e para sentada atrás do cara pálido.

- Como você...? - ele tenta se virar para atacá-la, mas ela bate na cabeça dele com a própria testa.

- Péssima ideia. - ela segura o próprio nariz com a dor da pressão, a parte boa é que o cara estava desacordado.

Com a corrente de metal Iroh amarra o homem com tatuagens e o negro. Zuko consegue espantar o bigodudo. Os dois pulam no cavalo-ave e começam a correr. Kaili joga o corpo do homem pálido no chão e faz um carinho no rinoceronte.

Avatar  - E A Lenda Do Eclipse Onde histórias criam vida. Descubra agora