Após o navio eles pegaram o trem para o interior da cidade, e era grandiosa. Kaili já havia viajado para muitos lugares, seus pais e os piratas, mas nada nunca poderia se comparar a Ba Sing Se. Era organizada, muros separando cada região e o dia estava tão claro que ela poderia acreditar que era um bom presságio.
Foram deixados em uma região que era a o Baixo Anel, onde comerciantes e artesãos moravam. Se perguntou onde os músicos moravam, poderia tentar procurar Zyan, se desculpar.
Antes de irem para seu apartamento, um local onde era um conjunto de casas passaram em uma loja de chás onde trabalhariam, o dono, Pao, os cumprimentou e disse que o expediente deles começaria dia seguinte e que teriam o resto daquela tarde para descansar.
Apesar de pequeno o apartamento era lindo, claro tinha um leve cheiro de mofo, mas tinha um banheiro, lugar onde dormir, uma cozinha e uma banheira, era tudo que ela poderia pedir.
Tomou banho, a água saiu preta, lavou os cabelos e percebeu que estavam bem maiores do que deveriam, passavam completamente do seu calcanhar. Vestiu sua nova roupa, a antiga tão pequena, fazia três anos que usava a mesma roupa puída branca, agora tinha calças e uma parte de cima curta e verde para a acompanhar. Pegou a tesoura e cortou até que os cabelo estivesse a cima dos tornozelos, talvez nunca o cortasse, queria saber fazer os penteados que sua mãe fazia após fugirem da Nação do Fogo, penteados da Tribo da Água.
No dia seguinte tem o seu primeiro dia de trabalho, era simples, apenas servir os outros e fazer chá.
- Esse chá é horrível. - Iroh diz com desgosto - É suco de folha!
- Mas, tio, todo chá é suco de folha.
- Não acredito que alguém da minha família disse isso.
Kaili ri da interação dos dois.
Iroh passa o dia inteiro reclamando da falar de qualidade da loja, principalmente do chá, insosso, fraco, sem amor, era a pior coisa para ele.
Ali é estranhamente calmo, nas ruas tem os seus famosos assaltantes, porém nada que não se possa lutar com.
Kaili olha para Iroh e entrega o chapey que tocava até pouco, está de bom humor, está feliz. Puxa Zuko do sofá, ele nem protesta porque nem esperava o movimento dela.
- O que você está fazendo?! - o adolescente grita.
- Iroh, toque uma música, por favor? - ela pede com diversão na voz.
- Com prazer.
Um ritmo divertido começa a tocar e Kaili o segue, fazendo giros ao redor de Zuko enquanto ele a julga maluca com os braços cruzados e se retira para o quarto, murmurando que está em um hospício. Iroh e Kaili se olham e riem.
O próximo dia não é tão positivo.
Ele se inicia com normalidade, trabalho e servir os outros, até que a noite chega. Tem algumas pessoas na loja de chá, a maioria senhores mais velhos que lembram Iroh, porém a porta abre e Jet aparece.
- Eles são dobradores de fogo! - a voz dele é de tal qual um louco. - Eu os vi esquentando chá!
Zuko, Iroh e Kaili ficam estáticos, parece muito surreal ver o garoto do navio surgindo do nada e acusando os outros.
- Vai embora, garoto, eles vendem chá. - um dos fregueses diz o achando um lunático.
- Não acreditam em mim? - a mão dele vai até as costas - Vocês vão ver quem são.
De trás dele sai duas espadas com as pontas curvas. Kaili não sabe do que tem mais medo, de Jet ou de Zuko fazer alguma besteira e revelar quem é, mas talvez ele tenha feito uma maior ainda.
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Avatar - E A Lenda Do Eclipse
FanfictionKaili não sabe o que é viver sem pensar constantemente na própria sobrevivência, mesmo assim sua cabeça a faz cometer constantes erros que colocam sua vida em risco. Quando o príncipe da Nação do Fogo está em apuros ela não evita em salvá-lo, mas nã...