A Faixa de Cabeça

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Se eles queriam sobreviver na Nação do Fogo o melhor jeito era se misturando, encontraram uma casa com roupas típicas secando no varal e humildemente a roubaram.

Todos estão de vermelho e preto. Aang está coberto dos pés a cabeça com uma roupa que a faz lembrar dos uniformes que as crianças mais velhas usavam, e usa uma faixa para cobrir sua seta azul. Sokka está parecido, mas seu calcanhar e braços estão a mostra, e seu cabelo - antes com as laterais raspadas agora cheias - está em um coque tradicional. Toph parece a mesma mas com cores diferente, bermuda e uma camisa que a deixa livre. Katara está diferente, a roupa mais madura com a pele a mostra, o cabelo sempre preso agora solto - Aang fica com as bochechas coradas ao ver ela -. Kaili se decide por uma pequeno tecido vermelho na região dos peitos e uma calça preta com abertura nas laterais.

Estão hospedados em uma caverna no meio tempo.

Kaili posiciona uma espada na pedra para transformá-la num espelho e a outra usa para cortar o cabelo, o processo dói, mas é necessário. Mesmo que ninguém nunca a reconhecesse ainda precisava daquilo, precisava mudar. Sua mãe dizia que quando chegou na Nação do Fogo cortou o cabelo pela primeira vez na vida, talvez aquela fosse a sua forma de honrar ela. Estava na altura dos ombros, estava tão acostumadas com as tranças até os pés que agora se sentia careca.

Se olhou no "espelho", parecia uma garota da Nação do Fogo, o pensamento a fez querer rir.

- Estou bonita? - pergunta para os amigos, apesar de já saber que estava, só queria encher o saco deles.

- Eu não sei, sou cega.

- Toph, saiba que eu te adoro. - respondeu para a garota, saltando para que ela não percebesse sua aproximação e assustando ela.

Em troca recebeu um uma pedra no nariz.

- Eu me acostumei com o seu cabelo longo, mas está bonita. - Katara diz com carinho.

- Por que cortou o cabelo? - questiona Aang.

- Vida nova, cabelo novo, achei que combinaria.

Mais tarde eles vão para o mercado comer e comprar coisas surpéfulas, como uma tiara nova, colar, mapas e papel e tinta.

Aang anda pelas ruas falando: "Homem-quente", "chama", e outras palavras estranhas que seus avós costumavam dizer. Os cidadãos da rua o olham como se ele fosse louco.

- O que você está fazendo, pés pequenos? - Toph pergunta.

- Agindo como um cidadão da Nação do Fogo, já estive aqui há cem anos atrás.

- Exatamente, o seu linguajar e igual o da minha avó quando estava se conectar com a galera. - sugere Kaili - Uma dica de ladra? O melhor a fazer é ficar calado até precisar abrir a boca, e se precisar falar fale o que querem ouvir.

- Por que você é tão experiente. - caçoa Sokka.

- Mais que você.

Chega a hora de comer e digamos que a Nação do Fogo não gosta muito de vegetarianos, eles até tentam mas Aang prefere procurar algum lugar onde possa pegar uma folha perdida no lixo.

Eles terminam o molusco estranhamente gostosos e percebem que Aang não está em frente ao restaurante, talvez fosse querer muito que um garoto ficasse parado em um só lugar, mas ele era o Avatar se algo acontecesse com ele o mundo já era.

Caçam o dobrador de ar em todos os lugares possíveis. Mas não o encontram, tentam acreditar que ele vai voltar para a caverna assim que puder, é difícil ter tanta esperança assim.

Já é de noite, todos estão tentando se distrair. Katara treina. Sokka tenta entender os mapas e planejar o melhor caminho. Kaili escreve suas músicas e volta a aprender as do seu antigo pergaminho. Toph... é Toph. Aang chega com um sorriso no rosto.

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