Bandeirinhas e loiras geladas

91 13 11
                                    


Jeongyeon, Jihyo, Nayeon e Momo estavam sentadas no banco. Presenciando o grande problema que todo aquele lance agora tinha se tornado. Porque a última vez que uma ocasião como aquela tinha acontecido, coloca alguns bons anos atrás. Seria até bom ganharem uma integrante a mais para o grupo de cupidos, não que fosse fazer muita diferença já que automaticamente as cabeças pensantes seriam apenas as duas primeiras. Lá estava Myoui Mina, conversando com o que era pra ser seu marido.

— Eu não acredito que esse merda inventou de voltar logo agora. — Momo cobriu o rosto com as mãos, pensando que o ciclo vicioso estava prestes a iniciar. Só poderia ser tratado com um choque muito grande ou muitas sessões de terapia. Talvez as duas coisas.

— É tão ruim assim? Ela não me parece sentir tanta falta dele, ou ligar pra ausência. — Jihyo perguntou, estreitando os olhos até a conversa acontecendo metros a frente delas. Chaeyoung tinha dado um jeito de evaporar dali para lidar com todo seu ódio por aquele homem.

— Pode crer que é ruim. A Mina finge que não é apegada a ele ou sei lá, ao que ela pensou que eles iriam ter. Marido e mulher, uma filha pra criar e um negócio pra tocar. Era a vida dos sonhos dela. Ela pode até não amar mais ele, mas algum resto de apego ela tem. Por isso não consegue nem tirar a aliança do dedo. — Momo bufou com a realidade da amiga. Que até tentava, mas não conseguia. Assim como não adiantava ser completamente apaixonada por outra pessoa e continuar com medo de dar um passo a frente, ainda presa ao passado.

— Então eu sugiro que a gente pense em uma coisa bem grande. Se a padeira precisa de um choque, é o choque que a gente tem que dar. O mais rápido possível. — Nayeon disse até meio pragmática. — Seria tão mais fácil prender as duas em uma salinha escura até elas morrerem de tédio e se pegarem. Ou se pegarem antes de morrerem de tédio. — Acabou encontrando o olhar de Momo ao procurar o das outras duas de relance, vendo ela fazer um beicinho concordando.

Jeongyeon se jogou um pouco pra trás naquele banco sem encosto, enquanto suas mãos a mantinham sentada.

— É na verdade uma ótima ideia. Só precisa... — Jihyo ficou pensativa, tentando acompanhar o raciocínio quando ela fez uma careta em sua direção. — Ser adaptada!

— Porque nós duas vamos cuidar da barraca do beijo! — Disse vendo ela concordar repetidamente, toda animada como se tivesse acabado de descobrir a fórmula da coca-cola. — De hoje não passa!

*

Situando um pouco as coisas dessa semana que foi uma mistura de irritações e vidinhas comuns com cafés da tarde, o grande sábado chegou. Obrigando todas, ou quase todas, ajudarem Dahyun e o resto do povo nos últimos ajustes pra festa junina que aconteceria. Nesse momento, a algumas horas de começar. Era tanta coisa que tanta gente até parecia pouca gente pra ajudar. Quando ela disse que os turistas viriam em peso, não estava brincando.

Por isso o movimento até deixava Nayeon pressionada em ter que ficar no topo de uma escada que não lhe dava muita confiança, terminando de arrumar as bandeirinhas nos fios. O bônus, ser segurada e ajudada por uma pessoa que não lhe dava muita confiança mais ainda. Porque dado o histórico delas, Momo poderia muito bem largar a escada e ceder para um acidente.

— Apesar de eu não ter certeza se você tem culhão pra fazer isso. — Nayeon lançou um tipo de desafio, começando a temer pela própria segurança segundos depois.

— Eu até que teria. Mas antes teria que me certificar de que você no máximo bateria a cabeça e perderia a memória, nada mais grave. — Momo deu de ombros.

— Ui, como é perigosa! — Nayeon disse em um tom irritante. Alcançou mais uma bandeira, revirando os olhos com a ideia de burro de quem pensou naquela parte, já que o fio tinha mini bandeirinhas. Algumas maiores e mais bonitas não eram nada necessárias.

Dos Palcos Pros BarracosOnde histórias criam vida. Descubra agora