— Ô mulher pra fazer perguntas demais, hein!
— É o trabalho dela. Como quer que ela cuide de uma paciente sem saber direito o que aconteceu?
— Ué, não tá claro? A pressão caiu e levou ela junto!
— Até onde a gente sabe.
— Aí só vamos descobrir quando ela acordar.
— Então é melhor que até ela acordar você pare de implicar com a Wendy de graça!
— Ah, foi mal se eu não tenho intimidade alguma muito menos fui com a cara da sua amiga nova!
Momo deu uma olhada pra trás vendo aquela discussão em tons bem baixos, de duas pessoas se esforçando para não serem escutadas. Não que estivesse preocupada em descobrir o teor da conversa, pelo contrário. Apenas achou peculiar que elas estivessem discutindo enquanto a irmã estava em cima de uma maca. Só conseguia voltar sua atenção toda a loirinha, segurar sua mão e torcer para ela abrir os olhos. Nada grave aparentemente, e graças a deus ela não bateu a cabeça ao cair no chão.
Enquanto isso, Jeongyeon e Jihyo se estranhavam. Começaram a se estranhar a partir do momento que chegaram na enfermaria, depois de receberem uma mensagem de Momo. Jihyo não entendeu o porque Jeongyeon de repente agir de maneira diferente com ela. Sendo mais ácida e até indiferente. Pegava essas coisas no ar rapidinho. E como dois seres de péssima comunicação, Jihyo preferiu se irritar e devolver na mesma moeda ao invés de descobrir os motivos dela.
Claro, quando chegaram lá e a enfermeira era Wendy, não foi como se as coisas ficassem mais fáceis. Jihyo tinha um claro e cristalino ciúmes dela. E sabia bem quando uma pessoa pretendia subir de nível na escala, essa era Wendy com Jeongyeon. Se fingindo de amiga apenas pra dar o bote!
E falando no novo diabo de Jihyo, o rabo apareceu na porta.
— Ela já acordou?
— Ainda não.
— Isso tá muito estranho. Se ela continuar assim, vamos ter que chamar a ambulância e levar pro hospital mais próximo. — Disse da porta. — Vou dar uma olhada em outra paciente e já venho. — Sumiu de novo pelo corredor, fazendo Jihyo revirar os olhos. E imaginar quantos empregos a mais aquela garota tinha, se já havia visto ela trabalhando no supermercado, e agora a segunda vez dando uma de enfermeira.
Mas voltando ao ponto principal, Nayeon deitadinha na maca e recebendo um ventinho na cara, poderia até parecer desacordada. Apenas parecer, porque de fato, não estava. Recobrou a consciência assim que Momo a colocou deitada no sofá do salão, muito antes de trazê-la até a enfermaria. Percebeu que se fingir de desmaiada, deixar que colocassem sal em baixo de sua língua e a abanassem com várias revistas era muito mais fácil do que encarar Irene. Então foi o que fez. Manteve a encenação quando Momo se mostrou ainda mais preocupada, a carregou nos braços até o Fiat Uno e saiu acelerada do salão. Amou ser carregada por ela, se sentia a mulher mais protegida do país.
Quando ela tocava em seu rosto com cuidado, em busca de qualquer sinalzinho de febre. Ou quando ela segurou sua mão. Sabia que não tinha tanto risco de ser algo mais grave, mas ainda assim fazia questão de estar alerta. Nayeon quis pular no pescoço dela e a levar pro primeiro canto disponível, pra variar. Teve que se conter pra continuar seu trabalho de boa atriz. Até ouvir o papo de hospital. Então abriu os olhos com vagareza, deixando a expressão frouxa pra fazer a melhor cara de coitada.
— Até que enfim você acordou! — Momo não escondeu o próprio alívio. — Você tá melhor?
— Estou, um pouco. Foi tão de repente, me veio uma fraqueza...
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Dos Palcos Pros Barracos
FanfictionAs 3mix estavam no topo, estourando nas paradas. Até aquela linda carreira de sucesso ir por água abaixo, quando depois de um acidente, foram acusadas de matar o empresário. O trio só teve uma saída: Com novas identidades, fugirem pra uma cidadezinh...