O Maculado

14° CAPÍTULO

🚨 Última volta no tempo.
Agora vou seguir a história só no presente.

🚨 Lágrimas aqui era por que era no passado.

A partir daqui já é outra coisa, Eloise já é maior, ama o Hendrick esteja ele como estiver e ele tem o desvio de personalidade, o que vai me ajudar a manter o outro lado dele intacto enquanto o outro faz merda☠️👹

⚠️SOFRER MESMO ELES NÃO SOFRERÃO MAIS NOS PRÓXIMOS CAPÍTULOS. PORÉM, VAI CONTINUAR A TENSÃO PRA NÃO PERDER O DARK.

⚠️ E SIM, OS PRÓXIMOS CAPÍTULOS SERÃO MUITO MAIS CURTO.

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|Passado|
3 ANOS ANTES

Eloise Alencastro
(19 anos)

Por que será que ela é assim?

Foi o que me perguntei quando discretamente eu observava pela fresta da porta da cozinha a tal garota de programa que o meu pai contratou há praticamente três anos para apimentar a relação desgastada dele com a minha mãe. Ela frequenta a mansão duas vezes na semana, meu pai costumava requisitar os serviços dela toda quinta e sábado, e sempre o motorista ia busca-la na parte da manhã e a levava de volta na madrugada.

No meu relógio de pulso marca 09h:15 da manhã, ela acabou de chegar, meu asqueroso pai e a minha desalmada mãe com quem não tenho relação nenhuma, voltam hoje de viagem, depois de três mandatos consecutivos para prefeito, ele está tentando convencer o povo a votar nele agora para governador, isso me dá uma ânsia terrível, uma vontade horrível de vomitar até colocar os órgãos internos para fora, por que é incrível que pessoas como ele se dão bem, é de doer miseravelmente o corpo todo com a sensação de ver que ele sempre consegue tudo o que quer, tudo comprado, por baixo dos panos, tudo para se manter no poder, e ai daquele que cruzar o seu caminho, ele elimina todos que ameaçam o seu mandato, e ele só tende a piorado, que nojo desse corrupto inescrupuloso!

Balanço a cabeça, afastando os pensamentos que estou imersa e seguro na madeira da porta, mantendo-me escondida analisando a mulher que meu pai colocou dentro da nossa casa. Enxergando a pessoa que não sabe o quanto de paz ela me deu por ser ela a está com os meus pais, suprindo os desejos carnais desenfreados dos dois condenados, ao invés de mim. Por que eu tenho quase certeza que a minha mãe iria me meter na cama dela, ela me odeia. Porém, essa mulher aqui parece divertir muito os meus pais, pois eles mal lembram da minha existência por todo esse tempo em que ela apareceu.

Meus olhos correm pelo seu corpo, ela usa um vestido tubinho franzido nas laterais muito curto e justo marcando seu corpo magro, mas definitivamente bem desenhado. A cor azul bebê combina com seus cabelos lisos escuros e com a pele dela pálida, como se precisasse de sol, fico agoniada olhando-a tão alheia e assustada, igual um bichinho, não me agrada ve-la tão exposta e ela parece com frio, ela está segurando a bolsa contra o corpo ao permanecer silenciosa, encostada na bancada da pia, aguardando provavelmente ordens.

Reconhecendo que estamos sozinhas, miro as pupilas entre os lados do corredor e essa é minha deixa para se apresentar e tentar sonda-la, conversar, ela é tão quieta, na verdade ela parece ser paga para não abrir a boca, e conhecendo o traste do meu pai, isso não seria nenhum absurdo.

Desconfortável por ela, respiro fundo e entro na cozinha, prendendo meus cabelos em um rabo de cavalo alto, fingindo ter acabado de chegar. Os olhos dela passeia pelo meu pijama de ursinho e ela os estreitam em mim, ameaçando sorrir.