45° CAPÍTULO

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N/A

Não me matem por aparecer fim de semana 😫 (precisei me ausentar porque tive um problema com a associação que sou voluntária)

Que frio é esse mds???

Boa leitura.
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Eloise Alencastro

— Papai? _Bato levemente e empurro a porta de madeira da biblioteca, colocando a cabeça na brecha e o procurando, vendo-o sentado atrás da mesa não escondo o meu melhor sorriso.

Era tão boa a sensação de tê-lo. Me sinto tão recompensada pelos anos em que não sabia o que era ser filha, ou como era ter um pai de verdade. Um que se preocupa, respeita e faz de um tudo para que você se sinta acolhida no seu abraço e na sua casa. Confesso que ainda não parti porque não quero deixá-lo.

A energia do meu pai é tão boa.

Algum problema, minha filha? _Seu tom de voz soou preocupado e rapidamente ele largou o livro que lia muito concentrado sobre a mesa, afastando a poltrona para trás com o próprio corpo.

— Não tem problema algum. _O tranquilizo. — Posso entrar um pouco? _Pergunto com receio de estar atrapalhando-o.

Meu pai mal ficava em casa no período da tarde e de noite. Dificilmente voltava cedo. Eu entendo que seja um homem ocupado com tantos negócios, mas desde que a minha sogra veio se hospedar aqui depois de um convite que partiu exclusivamente dele, tenho tido a sensação de que ele volta muito cedo para se livrar do sangue do corpo num banho, se perfumar e não perder uma refeição à mesa.

Ele diz que é por mim, já que saí do hospital tem pouco tempo e ele parece nas nuvens pelo netinho que darei a ele, porém os olhares discretos que ele lançava para minha sogra, a curiosidade e o modo cauteloso em que me perguntava dela, isso me dizia definitivamente o contrário. O motivo não era eu. Certeza.

Ela despertou interesse no meu pai. Não sei que tipo de interesse. Mas era perceptível. Eles ficaram mais próximo desde que fui internada no hospital.

A senhora Lúcia, uma mulher jovem no auge dos seus 42 anos e muito bonita, sem esforço algum conseguiu a atenção de um mafioso que muitas lutariam para ter por tudo o que ele representa.

Meu pai, aos seus 58 anos, com toda a sua experiência era um homem bonito e extremamente elegante, se vestia bem, a maior parte do tempo usava calça social e colete sobre a camisa branca, combinava muito de azul escuro, os olhos marcantes, cabelos grisalhos e bem cuidado, um homem que segue princípios que acredita e que tenta ser honesto da forma que dava dentro das atrocidades que deve prestar ou ordenar aos subordinados.

Eu só não colocaria a mão no fogo, nem por ele e muito menos pelo pai do meu filho, eu não sabia como meu pai era fora da mansão com seus inimigos e tampouco queria conhecer.

basta o Hendrick e as coisas sórdidas que fez. O amor pode ter o deixado vulnerável, mas isso não isenta o que sei que ele é. O diabo.

Vagando até mim, meu pai tocou meu braço, aproximando e beijando-me gentilmente na testa. De repente, me analisou com desconfiança e desaprovou algo.

O MaculadoWhere stories live. Discover now