39° CAPÍTULO

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N/A

ESTÁ TENDO OBRA AQUI E EU NÃO CONSIGO ME CONCENTRAR PARA ESCREVER. ( queria muito ser daquelas que escrevem com música, mas eu não tenho essa proeza)

Outra coisa, minhas deliciosas, faltam uns 10 capítulos para finalizar a história.
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Eloise Alencastro

O dia seguinte chegou com uma forte dor em meu ventre, era a droga de uma maldita cólica, ao girar o corpo na espaçosa cama com lençóis de algodão que não pinica a pele, procurei o meu marido para me aninhar nele e pedir um dengo, pois estou precisando de um carinho exclusivamente dele, mas encontrei o espaço vazio e depressa elevei o rosto, semicerrando os olhos pela luminosidade do quarto.

— Hendrick? _O chamei, afastando os fios dos cabelos bagunçados do meu campo de visão e fitando a porta do banheiro entreaberta. Meu couro cabeludo dói e parece estar descolado do crânio. Droga! — O que houve? _Chio com a dor se alastrando por minha pele febril.

Fazendo careta e tocando minha cabeça na tentativa frustrante de suportar essa dor horrível, espero a resposta do Hendrick ao chamá-lo mais duas vezes e a mesma não vem, foco no som que preenche o ambiente e a ducha está ligada, sei que o barulho dos jatos fortes d'água faz com que ele não me ouça.

E meu corpo está quebrado.

Que merda eu andei fazendo?

Viro-me novamente, saindo da cama descalça e dou alguns passos até ter meu corpo inteiro afligido pela corrente de ar que vem de algum lugar e atinge a pele, é inegável o quanto estou dolorida por dentro. De súbito paraliso por um segundo, meus lábios secos tremem e eu franzi o cenho pela sensação de me sentir um pano de chão surrado, eu estou toda fodida.

Puta merda!

O que eu fiz ontem?

Aperto os olhos tentando recobrar a memória que a cólica não me fez lembrar antes e toco minha barriga, inevitavelmente, acabo resmungando em tom baixo, padecendo pela dor localizada na região, fico imediatamente tensa e ergo o tecido da camisola, observando minha pele e notando o estrago em vermelhidão, os arranhões no meio da minha barriga, rasgos e cortes superficiais, mas visível e que consegui a proeza de ganhar essa porcaria do tanque de inox da masmorra quando estava "morrendo" afogada enquanto meu marido me devorava sem piedade. Porque eu quis assim e porque eu provoquei.

Instintivamente, um sorriso malicioso enfeita meus lábios, não sei exatamente em que papel me encaixo depois de ontem, se fiquei louca de pedra, se me tornei uma masoquista ou simplesmente estou avançando sem perceber num nível anormal de sadismo, apesar de ter dito a ele que não quero repetir a maluquice por acabar destruída literalmente.

A vivência do acontecimento de ontem à tarde, na maldita masmorra, onde o Hendrick finalmente me deu o que eu ansiava, de fato é algo que sinceramente não me atreveria jamais a esquecer, eu confesso que gostei do joguinho de casal, de provocar uma prática que ele conduziu bem porque é um puta de um homem dedicado a me mimar, gostei principalmente pelo frio na barriga que assola e assombra, do medo de morrer, do perigo eminente pelas mãos dele arrancando meus cabelos e me afogando no tanque e a saborosa adrenalina de tê-lo remetendo seu corpo no meu sadicamente.

— Eu não deveria gostar disso. _Cochicho, descendo minha camisola e seguindo devagar até meu celular para ver meu calendário menstrual.

Talvez meu psicológico esteja tão quebrado que meu físico ficou extremamente indolor. Porque eu adorei o modo como ele me tratou.

O MaculadoWhere stories live. Discover now