Carol e Ed Peletier, tiveram mais uma filha além de Sophia, Cassiopeia Peletier. Crescendo em um ambiente completo tóxico e agressivo, Cassie com ajuda de sua mãe, fugiu de casa na primeira oportunidade que teve após completar seus 18 anos.
Agora co...
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— Cê tá bem? — foi a primeira coisa que Daryl disse ao me ver cheia de sangue no estacionamento do hospital.
Daryl veio rápido até mim, segurando em meus ombros e analisando-me toda, procurando o machucado que fazia tanto sangue assim jorrar.
Eu olhei para mim, coberta de sangue dos pés à cabeça, quase como Carrie, a Estranha. Talvez ele tivesse razão. Eu estava me tornando alguém tão asquerosa quanto ele.
— Tô — eu respondi, olhando seus olhos azuis ficarem mais aliviados. — O sangue não é meu.
— Problemas com zumbis? — intrometeu-se Rick.
— Sim — eu menti. — Foi isso mesmo.
Merle e Gracie surgiram com as crianças, e me apressei em pegar Sarah dos braços do Dixon mais velho, que me olhou com preocupação antes de me ver negar com a cabeça sorrindo levemente. Sophia abraçou minha cintura, sem dar muita bola para as perguntas de Carol, que queria saber como minha irmã estava. Gracie deu um tapa na minha bunda quando passou por mim.
— Dodói mamãe? — inquirou Sarah, tocando o sangue parcialmente seco no meu rosto. Os olhos nervosos.
Eu passei os dedos por suas mechas loirinhas que eu amava tanto, sentindo meu peito afundar. Sarah era meu bem mais precioso nesse mundo, a parte mais pura e colorida da minha alma, a única que ninguém tinha conseguido assassinar ainda, e a única que jamais conseguiriam, porque qualquer um que ousasse sequer respirar na direção dela com uma intenção errada, morreria antes de conseguir descobrir de onde eu o atingi.
— Não querida, apenas os monstrinhos que queriam machucar os amigos do papai.
A garotinha sorriu no meu colo, e jogou os bracinhos ao redor do meu pescoço em um abraço apertado.
— Você é minha heloína favorita, mamãe.
Meu peito afundou mais um pouquinho. Eu não era heroína coisa nenhuma, era a porra de uma vilã. Uma assassina, capaz de destruir o mundo todo e sacrificar quem fosse preciso, para manter aqueles que eu amava em segurança. Inclusive estripar um homem no telhado de um prédio. Um homem que podia ter família, mulher, esposa, filhos, irmãos, por quem ele fosse responsável. Pessoas que dependiam dele. E eu o matei, simplesmente porque era um empecilho no meu caminho. Então não, eu não era uma heroína, era o monstro das histórias alheias.
E eu não me arrependia.
(...)
O tal do Noah disse que sua família vivia em uma espécie de comunidade, e que seriamos aceitos lá. Sem rumo certo, decidimos dar uma chance pro garoto, e seguimos ele até a bendita comunidade.
Eu não tinha exatamente uma experiência muito boa com lugares assim, mas preferi manter meu pessimismo para mim, e depois do tal Tyrese morrer, preferi ainda mais, porque agora pelo menos minha consciência não imploraria pra eu soltar um belo de um: eu avisei.Seria indelicado demais, e eu não havia me tornado uma vadia tão má assim.