Me sento novamente no bar e pego meu celular vendo que já são 04horas da manhã, o som tá super alto, eu já estou me sentindo suja, me olho na câmera do meu celular e vejo que meu rimel tá um pouco borrado.
Barmen:Aí, não acha melhor dar uma manerada?Já é seu sétimo copo.
Malu:Querido, pra sua informação.-Falo apontando o dedo pra ele mas logo paro.-Esqueci...a não lembrei, não é da sua conta.-Me levanto dando um sorriso.
Ando no meio das pessoas e sinto vontade de fazer xixi, olho pra mesa e não vejo Lorena, vou em direção ao banheiro e vejo duas mulheres esperando, me encosto na parede e abro minha bolsa vendo que meu celular descarregou, ótimo.
Bebo mais do meu copo e me aproximo da porta vendo que a segunda mulher já tinha entrado. Sinto uma mão segurando meu braço e vejo o mesmo homem do inicio da noite, com um sorriso no rosto e os olhos vermelhos.
Puxo meu braço no mesmo momento e ele segura com mais força rindo alto, meu coração aperta e eu olho em volta não vendo muitas pessoas próximas daqui, a mulher sai do banheiro e eu tento puxar meu braço de novo.
Malu:Por favor, dá pra me soltar?
-Tá com medo princesinha?
Malu:Me solta.-Falo alto.
-Tá tão bonita, com essa roupa, imagina sem ela em gatinha.
Malu:Socorro!-Grito o mais alto possível, mas aparentemente foi em vão, começo tentar correr mas ele me agarra pela cintura e tampa minha boca, sinto as lágrimas descer e ele começa me puxar pra dentro do banheiro.
Tento morder sua mão, mas ele me aperta mais forte ainda e me joga dentro do banheiro dando um tapa na minha cara, ele pega meu copo e joga a bebida em mim.
Coloco minhas mãos no vão da porta e grito novamente, ele olho pro lado e tenta entrar o mais rápido possível dentro do banheiro.
-Seria mais fácil se você tivesse cooperado né princesa.
Malu:Me solta, socorro!-Grito chorando sentindo ele dar um soco no meu nariz.
Ouço um tiro perto do banheiro e derrepente vejo Pablo na porta com uma arma na mão com a pior cara dele, sinto gosto de sangue na minha boca e o homem me agarra de novo.
Pablo:Solta ela agora seu arrombado, filho da puta.-Pega a arma dando um tiro na perna do homem que cai atrás de mim e eu caio no chão.
Pablo entra no banheiro me levantando rapidamente.
Pablo:Seu nariz Maria Luiza, mas que porra.-Me levanta e eu fico em pé com as pernas bambas.-Banheiro, é pra matar.-Ele fala no radinho.
Caminho em passos lentos saindo do banheiro e pegando minha bolsa do chão vendo se esta tudo dentro dela. Coloco minha mão no nariz saindo dali.
Pablo:Tá indo aonde?
Malu:Pra casa.
Pablo:Tá loca? Eu te levo, você não tá nem aguentando andar.
Malu:Eu tô bem.
Pablo:Nossa, ótima, bêbada, com o nariz sangrando, toda molhada e sozinha, cadê tua amiga?
Malu:Pablo, muito obrigada, de coração, mas eu tô bem consigo ir sozinha.-Começo caminhar pelas pessoas e vejo que o dia amanheceu.
Pablo:Não mesmo, eu vou te levar.-Ele fala alto puxando minha cintura fazendo nossos corpos se chocarem.
Ele me coloca em sua frente, e vai me conduzindo para fora do baile por outro caminho que não era o das escadas e chegamos perto de um carro preto muito bonito.
Pablo:Consegue entrar sozinha?-Fala abrindo a porta do passageiro, eu apenas faço que sim com a cabeça e me entro sentando, ele fecha a porta e eu vejo pelo vidro fumê ele dando alguma ordem pra uns caras.
Tiro meu tênis e jogo minha bolsa no chão do carro ficando só de meia, me encolho no banco colocando minhas pernas no banco e coloco minha cabeça no meio das pernas e começo chorar.
Um choro de dor, raiva e ódio.
Se o Pablo não chegasse ali eu teria sido abusada facilmente pois eu estava bêbada, sozinha e vulnerável a qualquer um que fosse mais forte do que eu. Ouço a porta do carro bater e ele se sentar.
Pablo:A que isso gata, não chora não po, eu fico sem saber o que fazer.
Malu:Obrigada.-Falo levando meu olhar pra ele e dou um sorriso fraco.
O celular dele toca e ele pega atendendo.
Pablo:Oi?Alô?Fala porra....não, Maria Luiza?-Levanto minha cabeça prestando atenção-Ela tá aqui comigo po, não, já resolvi tá tudo bem agora.-Ele desliga dando partida com o carro.
Malu:Eu não quero ir pra casa.-Falo olhando pra ele que assente.
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Minha Dama
FanfictionHistória de Maria Luiza e Pablo. E a emoção do nosso amor Não dá para ser contida A força desse amor Não dá para ser medida Amar como eu te amo Só uma vez na vida.