Capítulo 25

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Quando o despertador tocou, Sasuke abriu preguiçosamente os olhos e derrubou o aparelho. Trabalhou até oito da noite, porque uns pais lhe pagaram a mais para ficar com os pequenos, uma vez que ambos teriam reunião da empresa até tarde. Se era verdade ou não, Sasuke só aceitou porque eram os seus amigos de longa data, um dos seus primeiros clientes. O negócio continuava tocando. Deixou o braço cair e desligou aquela desgraça. Sasuke bocejou tão longamente, que sentiu seus lábios rasgarem por conta do aspecto de cobra, e se esticou inteiro na cama.

Pela janela, a chuva molha a fachada do condomínio e avisa que não cessará tão cedo. Os pingos batem com força no vidro. Hoje ele não precisa regar as plantas na varanda, por sorte.

Ficou tão enérgico quando as crianças foram embora que ele adiantou a faxina do apartamento e quando terminou de limpar tudo, já eram onze horas e Sasuke era uma cobra faminta. Comprou duas pizzas médias e, como diz Naruto, passou para dentro sem mastigar de tanta fome. Quando ele realmente parou, era para mais de uma da manhã, o dono-de-casa tomou um remédio para relaxar os músculos e foi para terra de Morfeu em poucos minutos.

Acordou por volta das oito da manhã, mas ainda estava com sono ao mesmo tempo que seu corpo reconhecia que ele precisa levantar, então obedeceu seu próprio organismo.

Foi para o banheiro tomar um banho caprichado para tirar a exaustão do corpo e se preparar para aquele dia, hoje é sábado e ele não vai ser babá de ninguém. Pediu seu café da manhã por telefone de uma padaria que se diz francesa, coisa que fez raras vezes no ano, e passou a manhã inteira de preguiça no sofá, vendo filmes. O almoço foi um desafio. Sasuke queria dormir, mas sua barriga queria comida, então, por volta das onze horas, ele abandonou o conforto do seu sofá.

-O que é que eu vou... - interrompeu o ato de abrir a geladeira porque enxergou um post-it preso por um ímã de abacaxi. "Naruto chega no voo de uma da tarde no dia..." e este dia é hoje. Sasuke se arrepiou inteiro e expulsou a preguiça do seu corpo a pontapés. Seu amado chega hoje! - Pelo amor de Deus. - voltou para o quarto e trocou o pijama por uma roupa mais adequada para cozinhar. - Minha nossa. Antônio! Oh Antônio! Naruto chega hoje. - avisou ao cacto que fica na sala.

Voltou quase correndo e vestiu o avental.

Mal vê a hora de abraçar o seu ômega, seu noivo, o homem da sua vida, um abraço bem apertado para matar toda a saudade que sente dele.

Faz anos que não se anima tanto de recebê-lo após uma viagem.

-Rosa do céu, o que é que eu vou fazer para o gostoso do seu pai? Com certeza ele vem cheio de fome. Sabem como o pai de vocês ama uma refeiçãozinha caprichada quando chega de viagem. - piscou o olho para a suculenta enorme, que agora ocupa um vaso de trinta centímetros. - Um aperitivo. Uma salada. Um prato principal. E uma sobremesa. Foi boa? - fitou as plantas.

Sasuke abriu o freezer na parte inferior da enorme geladeira - Naruto ganhou aquele trambolho como parte de uma publicidade que fez há cinco anos. Sua samambaia, que foi posta na varanda pela noite, reside no topo daquela geladeira. Ela se chama Elis. Puxou o recipiente com os pedaços de frango - sempre que faz compras de mercado, ele desembala as carnes, separa-as em porções e em cortes conforme as possíveis necessidades. Facilita quando precisa cozinhar algo e tem pouco tempo para o preparo. Foi dispondo os ingredientes sobre a bancada americana e colocou o jornal na televisão para saber alguma notícia dos voos ou do tempo.

Antes de sujar as mãos, verificou seu celular. Naruto não lhe mandou nada desde a noite anterior, quando conversaram aos risos sobre o vídeo que enviou ao noivo mostrando seu estado de suor e sujeira após a faxina. Seu coração acelerou de preocupação por conta da chuva atrapalhar a chegada dos aviões e também de saudade. Cinco semanas foram muito tempo.

Olá Confusão, minha velha amigaOnde histórias criam vida. Descubra agora