Capítulo 29

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Em poucos minutos a comida foi aumentada para ser o bastante para todos os amigos da família e por volta de uma hora da tarde, a mesa estava farta, os convidados se acomodaram ao redor e o papo era alegre. Todos queriam saber do cio, de como aconteceu depois de tanto tempo sem acontecer. Naruto falava com amor e Sasuke derramava olhares apaixonados pelo ômega. Sakura suspirava de felicidade por eles. Após o farto almoço, eles foram para a sala para algumas partidas de videogame, sobremesas deliciosas, cafézinho e mais conversas animadas sobre alguns momentos do passado enquanto Sasuke e Sarada cuidavam da louça.

-Eles se dão tão bem, não é? - Hinata observou a dupla na cozinha e depois Naruto. - É como se fossem... parentes de verdade. - o loiro assentiu e depois fitou Sakura.

-Eu queria que fossem. De alguma maneira. Tenho certeza que a minha filha teria referências bem mais sérias e verdadeiras de homem na vida. - Naruto fitou Sasuke enquanto ouvia Sakura falar com certo pesar. Eles sabem da história de Sakura. - Mas não dá para se ter tudo.

-Amor. - o loiro chamou. Sasuke guardava a louça e ouvia Sarada tagarelar sobre um desenho animado que ela assistiu na escola. Naruto ouviu um "hn?" - Quer adotar Sakura?

-Quero. - respondeu sem olhá-lo, pois tratava com seriedade o papo com Sarada. Sakura arregalou os olhos e fitou Naruto, que sorria cheio de si. Ele moveu os lábios dizendo "Vou arranjar a papelada num instante". - Ela é de maior, mas a gente dá um jeito.

-Ficou maluco, Naruto? Me adotar? Não faz sentido. - sussurrou meio surpresa. Os amigos riram por conta dessa reviravolta repentina. Se alguém é capaz de adotar um adulto, é Naruto.

-Por que não faz? Sasuke não sabe te chamar de outro jeito que não seja filha. - argumentou. - Não é, amor? Sakura está duvidando de mim.

-Com todo respeito, filha, mas se fodeu. E se for aposta, aceite a derrota. - terminou de guardar a louça. Sasuke pegou Sarada no braço e a balançou quando ela abriu os braços, imitando um avião, então a levantou bem alto, provocando risos infantis e sorrisos adultos. Aprumou-a contra o seu peitoral e afagou as costas da menina, que tossia de tanto rir. - Diga a sua mãe como você me chama, cabritinha? - ela respirou fundo, por fim se acalmando.

-Vovô Snake. - respondeu com certa vergonha ao ser levada de volta para Sakura.

-Vovô Snake? - Naruto olhou de Sakura, que estava corada, para o seu alfa que mostrava um sorriso malicioso. - Snake? - deu de ombros. - Você aprontou alguma coisa nas minhas costas?

-Aprontei. - Sasuke se serviu de café e foi até o móvel da televisão para buscar uma pasta. - E em minha defesa, nós estamos divorciados. O que fiz da minha vida privada até a semana passada não era da sua conta. - sentou ao lado do seu ômega, abriu a pasta e tomou um gole do café. Folheou cada bolsão de plástico onde os documentos e outros papéis importantes estavam guardados, sob os olhares curiosos e atentos de todos. Naruto estava quase por cima para ver primeiro o quer que fosse.

Enfim encontrou. Era uma cópia da certidão de nascimento de Sarada, onde o tabelião a registrou sem um pai, mas com um avô paterno que tanto serviu de testemunha quanto de referência. Naruto ficou chocado por ver que o tal avô paterno era Sasuke Uchiha, o seu Sasuke Uchiha, e quando fitou-o havia um sorriso lindo. Ele é de fato avô de Sarada.

-Você registrou Sarada?

-Eu pedi. - Sakura respondeu por ele. - Não queria nenhuma ligação com... o pai de Sarada. Sasuke não concordou com a ideia de assinar como pai, mas adorou a ideia de avô. Acho que isso me faz filha dele. E quando vocês se casarem de novo, sua. - disse sem jeito, sem saber como Naruto reagiria. Este arregalou os olhos, agarrou-a pelos ombros e abraçou-a com força. - Naruto!

Olá Confusão, minha velha amigaOnde histórias criam vida. Descubra agora