PRÓLOGO

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3 anos atrás, em setembro de 2021

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3 anos atrás, em setembro de 2021...

Tudo acontece muito rápido e eu mal tenho tempo de racionar, apenas de pular da cama e descer à escada aos pulos. As batidas desesperadas do meu coração sintonizam com o ecoar de sirenes e dos gritos que vem lá de baixo.

Ao descer o último degrau, sinto que o tempo para, pois a cena diante de mim é tão perturbadora que me deixa paralisada por... segundos? Minutos? Não faço ideia, pois o chão desaba sob meus pés ao ver meu pai desacordado, sob uma poça de sangue no chão.

Meu pai.

A luz da varanda acende de repente, dando ainda mais nitidez ao seu corpo sem vida. Quando noto a faca cravada na lateral do seu pescoço, tenho vontade de vomitar.

Está tudo escuro ao redor, há somente o piscar das sirenes que surge pelo caminho escuro entre as árvores e o jardim.

Várias perguntas atravessam minha cabeça e sou tomada por uma tristeza profunda.

Tento correr até ele, mas acabo travando e desabando em lágrimas.

A Sra. Adams repete o nome de Deus em pânico, mas o que me chama atenção é o estrondo da voz de Mason, cheia de revolta e raiva.

Meus olhos nublados se erguem para ele, que solta xingamentos enquanto meu tio o agarra pela gola da camisa e o imprensa contra a parede. Suas mãos estão manchadas de sangue e é aí que eu entendo o porquê de estarem o chamando de assassino.

Não... não quero acreditar que a pessoa que eu mais amo e confio cegamente, foi capaz de tirar a vida do homem que o resgatou.

Ainda mais de uma maneira tão cruel.

Eu não quero, mas suas próprias mãos o denunciam, seu corpo, seu rosto.

Tudo aponta para ele.

Ele me lança seu olhar escuro, gritando para mim sua inocência. Nossa troca de olhares parece durar uma eternidade até Apollo desferir um soco em seu rosto e Mason revidar com mais força.

O que diabos está acontecendo?

— Seu assassino! Seu ingrato! Como você tem a coragem de fazer isso?! — Violet, minha mãe, exclama. — Agora vai passar a vida inteira na prisão, seu infeliz! Nunca devíamos ter te tirado da rua...

— Mãe, pare! Já chega! — Minha voz sobressai a dela.

Mason está caído de joelhos no chão, cuspindo sangue, os cabelos escuros deslizam pelo seu rosto, grudando em sua testa e bochechas. Ele parece ainda mais perigoso agora do que quando está lutando.

Todos os Nossos Espinhos -  Paixões Perigosas, livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora