CAPÍTULO 2

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4 meses depois

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4 meses depois...

Sinto o ar puro e limpo de Seattle invadir meu nariz assim que atravesso a rua, com Lewis ao meu lado.

Nunca tinha admirado tanto o céu como agora. Quando você é privado das pequenas coisas que não costumava valorizar, elas acabam fazendo uma falta do caralho.

Ele avisou aos caras que eu seria liberado, mas não imaginei que viriam me buscar em uma Mercedes-AMG preta, um carro de meio milhão de dólares.

Não combina com os caras do Alcateia essas paradas esportivas e luxuosas, a não ser com Benjamin Collins.

Tenho a visão do filho da mãe quando a janela escura do carro desce, exibindo o rosto branquelo. Ele não está com o costumeiro sorriso arrogante, e sim com um de pura felicidade.

Eu me aproximo e ele desce as outras janelas, me possibilitando ver Trevor e Luke.

- Cuidado com o que fará a partir de agora, Mason - meu advogado diz, acenando com a cabeça para os meus melhores amigos. - Foi muita sorte sua não terem desconfiado até hoje do que fez e terem aceitado minha apelação.

- Eu sei, obrigado. - Eu paro de andar, sentindo um pouco de dor na minha perna, mas é insignificante. Não posso negar que a fisioterapia foi fundamental para a minha recuperação. - Valeu mesmo, Mackenzie. Você literalmente salvou minha vida.

Ele sorri e acena, batendo no meu ombro.

- Cuidem-se, garotos! - ele exclama antes de dar às costas.

Eu o observo se afastar para fora do estacionamento do hospital, onde passei quatro meses internado, fingindo estar completamente debilitado. Devo minha vida a ele, pois lutou firmemente para que eu fosse solto antes de cumprir totalmente minha pena.

Apesar de tudo, meu pai e Nicolas sempre estiveram bem acompanhados e sabiam que eu também estaria quando o designaram a mim.

- Porra, aí está você! - Benjamin grita enquanto desce do carro junto com os outros dois, vindo me dar um abraço apertado que correspondo felizmente. - Saudades de você, chefe. Tô devendo uma ao velho ali!

- Estamos devendo - corrijo, piscando um olho. - Jesus, é muito bom ver vocês.

Assim que me desvencilho de Ben, é a vez de Trevor. O nosso abraço é demorado. Sei que ele foi quem mais sofreu com minha falta porque, antes do clube surgir, éramos um pelo outro.

Ele cresceu na antiga favela do Bairro Velho, onde fica o nosso clube. Antes de ser transformado em um clube de luta clandestino por nós dois, ele era um espaço de lutas marciais que pertencia ao pai dele, assassinado meses depois por bandidos.

Todos os Nossos Espinhos -  Paixões Perigosas, livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora