CAPÍTULO 8

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Confesso que fico completamente deslocado ao andar pelas ruas do bairro Queen Anne

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Confesso que fico completamente deslocado ao andar pelas ruas do bairro Queen Anne. É totalmente distante da minha realidade.

Ao contrário da antiga vizinhança, as casas aqui são mais próximas e não são revestidas por uma floresta. Apenas há algumas árvores nas divisas entre elas.

Desvio meu olhar das casas vitorianas e me concentro em seguir o carro do motorista dos Hoffman.

Dirigir o carro de Benjamin é estranho porque é automático, e sempre que penso em trocar a marcha, lembro que não preciso. Eu viria pilotando a moto de Trevor, mas seria muito suspeito. Apenas carros parecidos com o de Ben se encontram por aqui.

Me certifiquei de que a Floricultura ainda estivesse no mesmo local, ao lado do Shopping Center, e esperei Violet sair para seguí-la e descobrir aonde mora a família perfeita atualmente.

Depois do encontro com Lily, minha vontade de saber cada mínimo detalhe sobre eles só aumentou.

Principalmente sobre ela, o que fez durante três anos, os amigos que fez, sua ligação com o merdinha do Ashton e seu dia a dia com Violet e Apollo.

Ficar tão perto daquela maldita mexeu comigo, porque fiquei dividido entre esmagar seu pescocinho ou arrasta-lá pra longe e descontar todo meu ódio nela de uma forma não muito convencional.

Aperto o volante com o pensamento, lembrando de como ela está diferente e de como estávamos tão próximos que eu podia sentir o cheiro do seu medo.

O olhar dela estava repleto de horror, como se eu fosse uma assombração, e aquilo me excitou pra caralho.

Lily tem ideia do que a espera e sabe que eu não sou um cara bom. Nunca fui.

Ela parecia uma presa indefesa.

Bom, porque a caça está só começando.

Espero trinta segundos antes de dobrar na rua que o carro preto entra e para diante de uma casa.

Eu freio três casas antes e desligo o carro, observando o motorista baixinho e ruivo descer e abrir a porta pra Violet, que o entrega algumas sacolas e anda desfilando até à entrada. Depois que ela passa da cerca de arbustos, não consigo mais ver nada.

Conto dez minutos no relógio e, antes descer, coloco os óculos de Ben e um boné. Não vejo ninguém na rua, apenas carros estacionados.

O sol se pondo me faz lembrar que hoje à noite é a reinauguração do clube. Tenho que estar lá em uma hora no máximo, mas de qualquer forma, não pretendo demorar.

Todos os Nossos Espinhos -  Paixões Perigosas, livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora