Capítulo 6

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Que mulher gostosa essa amiga da Olivia é

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Que mulher gostosa essa amiga da Olivia é. Senti um aperto em minhas calças, já imaginando ela deitada com meu pau enterrado em sua boceta. Eu ainda teria um gosto daqueles lábios, e esperava que ainda essa noite. Eu estava a algum tempo sem sair para a caça. A maioria que saia comigo já queria logo me laçar, vão sonhando, pois nada e nem ninguém coloca novamente um coração dentro do meu peito.

O Lui sempre gostou de aniversários com poucas pessoas, a única diferença esse ano foi a vinda do primo dele, que antes era um babaca de marca maior. Após assumir o namoro com o assistente do Bene todos acabaram dando uma chance para ele, que foi parar no hospital pela surra que levou do irmão mais velho, ao assumir um relacionamento homoafetivo.

Já meu irmão era mais farra, então a festa dele na semana que vem seria no sítio dos nossos avós. Olivia não sabia ainda, mas seus namorados estavam fazendo esse evento lá devido a um casamento surpresa que eles estavam organizando. A família toda estava ajudando no que podia, incluindo eu.

Fiquei monitorando a Alice de longe, mas quando voltei da minha ida ao banheiro, ela simplesmente tinha ido embora sem se despedir de mim. Um a zero para aquela tentação. Olivia me olhou e estreitou os olhos. Ela não facilitaria a minha vida com a amiga, pois sabia que ela teria de mim somente uma noite sobre os lençóis.

Fomos embora, e no dia seguinte lá estava ela na casa dos meus pais e um sorriso tímido para o meu lado. E não consegui um único momento sozinha para beijar aquela boca vermelha. Novamente ela foi embora sem se despedir, e eu já estava começando a pensar que eu tivesse alguma coisa que ela não apreciou. Mas, o arrepio em seus braços e aquela mordidinha sexy no canto da boca era um forte indicativo que ela queria muito, tanto quanto eu. Só não entendia por que estava fugindo.

Essa semana teria um evento antes do aniversário do meu irmão, a adrenalina me chamava como uma droga. Era meu vício, meu maldito vício. Cheguei a declinar do convite, mas dobraram a aposta. Eu não corria pelo dinheiro. Corria pelo prazer de ver as pessoas vibrando pela minha performance nas pistas. Por ser abraçado pelas galera a cada vitória. Por senti a vibração de cada curva e mudança de marcha. O ronco dos motores me impulsionava para frente como nada mais fez por mim.

Eu já não tinha um objetivo para minha vida, apenas ia com o fluxo. Viver estava sendo um luxo que eu não apreciava mais. A minha família nem sonhava com as coisas que eu fazia nesse submundo. A clandestinidade foi o que sobrou para um aspirante a piloto. O fracasso foi o que restou depois da minha desistência.

O pedido de Alena foi a porra do veneno que ainda faz efeito nas minhas veias até hoje. Eu era um fracassado, mesmo com tudo que tinha em minha conta bancária. Todos os meus sonhos morreram junto com o fim do meu relacionamento.

Agora estava sentado na minha sala decidindo se iria ou não. Meu irmão me mataria se eu morresse na véspera do seu aniversário e casamento. Olhei em direção a janela e as luzes da cidade me chamavam. Eu mudei a curva da minha vida por ter apostado todas as minhas fichas em uma puta traidora, agora não conseguia me encontrar novamente.

Levantei do sofá e peguei as chaves, minha carteira e celular e fui para o local do evento. Essa seria minha última participação, pelo menos era o que eu falava sempre. No ano seguinte me dedicaria apenas a cuidar da oficina e testar os carros de corrida, eu não teria uma família como desejei, mas tinha uma sobrinha que precisava de um tio inteiro para defendê-la dos preconceitos que ela enfrentaria lá na frente.

Cheguei com um Camaro verde metálico estilizado. A placa foi substituída para caso fosse pego pela polícia, mas nenhum carro conseguia alcançar a velocidade dos meus bebês.

Meu concorrente principal da noite era Sanches, um Venezuelano metido a gostosão que se achava o maioral, mas já comeu poeira muitas e muitas vezes, quando eu estava no páreo. Ele chegou com um Chevy adaptado. O ronco do motor mostrava que ele não queria perder essa noite, mas o meu carro era preparado de acordo com os meus desejos.

-Fala, Odin. – Meu apelido era esse na turma dos becos escuros.

-O que manda, Capitão.

-Sanches quer seu fígado no asfalto.

-Pode sonhar. – Respondi e ele me passou as coordenadas do percurso. Confirmei e algumas mulheres apareceram a minha volta com roupas curtas, e com muita vontade de irem para a minha cama após a vitória. Lembrei da Alice e aquela boca sexy e porra, nenhuma daquelas mulheres a minha volta se comparava a ela. Esse final de semana vou tentar novamente ter um gosto daquela tentação.

Entrei novamente no meu carro e acelerei o motor para testar a potência. Sempre corríamos em bairros afastados e de preferência com pouco movimento. Não queríamos chamar a atenção para nós. Já fui perseguido pela polícia diversas vezes e até no noticiário já sai, mas nunca conseguiam me identificar. E queria continuar assim. Meus carros vinham de dentro de um caminhão baú com placa e identificação de uma transportadora conhecida. Nunca fui parado por isso.

-Estão preparados. – Ouvi o grito, do Capitão e alinhei para a largada. Uma jovem com seios tampados somente com um biquini minúsculo, short curto, cabelos amarrados como de uma criança e um pirulito na boca, segurava a bandeira. Ela achava que me causaria alguma excitação. Passava muito longe do tipo de mulher que levava para a cama.

A bandeira foi jogada ao chão e meu pé afundou no acelerador. Eu conhecia o trecho e sabia que teria problemas em algumas partes, Sanches não cederia tão fácil. Eu precisava lutar para conseguir 5 segundos a sua frente. Ou bateríamos na rua estreita no qual tinha somente uma via.

A rua estava mais movimentada que o normal pelo horário, mas consegui desviar de obstáculos e carros estacionados. Avistei a via que deveria passar e turbinei o motor, mas meu adversário fez o mesmo, e o espaço afunilou ao ponto que precisei ceder e deixar aquele otário passar. Estava em sua cola, mas já não o alcançaria mais para ultrapassá-lo. Aquela corrida eu tinha perdido.



Bernardo vivi no submundo de corridas clandestinas. Um caminho muito perigoso, ele escolheu seguir.  

Votem e comentem. Beijinhos e bom final de semana.


My care bear( Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora