Bernardo
Meu sonho morreu no dia que sofri um acidente automobilístico em uma pista de corrida. Mas, tudo ficaria bem, eu tinha um amor que ultrapassava qualquer limite. Pelo menos era assim que eu pensava, até descobrir o contrário.
Alice
Eu estava...
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Assim que Alice saiu do apartamento, eu coloquei as mãos na cabeça e minha vontade era quebrar cada osso que aquele desgraçado tem no corpo. O problema era achar onde aquele rato se escondeu. Os homens do Capitão já estavam apostos, mas eu não podia me dar ao luxo de esperar e ver a minha garota presa enquanto ele estava solto.
-Bear, vou mandar uma equipe aqui amanhã, para arrumar tudo. Já acionei um chaveiro para mudar a fechadura por agora, mas também faremos a troca da porta. – Meu irmão ficou comigo e agradeci seu apoio. – A polícia vai pegar esse imbecil.
-A polícia não vai fazer muita coisa. – Falei.
-Bear. – Ouvi o alerta no seu tom de voz. – Não faça merda, a Alice precisa de você. – E terminou baixinho. – Nós precisamos de você. – Apertou meu ombro e precisei descer para conversar com o João sobre o conserto do carro. A lataria estava muito danificada.
Busquei minha garota na casa do meu irmão, de manhã. Eu não dormi um minuto se quer aquela noite. Lui tinha dado um calmante que a ajudou a descansar essa noite.
Meu pai me ligou, pois ele estava cuidando da Pérola junto com a minha mãe e estava louco de preocupação com a gente. E me pediu para ficar na sua casa por um tempo. Prometi conversar com a Alice, a decisão final sempre seria dela.
Por ser uma mulher independente, Alice recusou o convite dos meus pais e ainda tive nossa relação abalada por ela se sentir sufocada com tanta proteção. Eu só queria protegê-la o melhor possível, mas ela era uma pessoa bastante teimosa e eu não poderia prende-la ou a perderia.
Continuei levando e buscando ela no trabalho. Estávamos presos em casa, evitando qualquer situação de risco. Só que convidei o Derrick para a reunião sobre o novo piloto, na minha casa em um jantar com a Alice presente. E ao soltar o nome dele, tudo desandou de vez.
Eu juro que não estava preparado para rever a família Dutra novamente, mas como eu adivinharia que o LJ era a peste do irmão caçula da Alena. O Garoto mesmo sabendo quem eu era, exigiu que eu fosse seu treinador. A porra do passado sempre vem para infernizar a nossa vida. Falei que não o treinaria, mas Alice se pronunciou pedindo para o Derrick marcar um encontro entre nós.
Tentei conversar com ela após ficarmos sozinhos, mas Alice me pediu para deixar esse assunto para depois.
Parece que havia subido um muro entre nós dois. E eu nem tinha culpa. Ouvi ela combinando com a Olivia por telefone para se encontrarem e quando ofereci de levá-la, Alice ficou revoltada. Me acusando de mantê-la presa e que precisava de espaço para pensar um pouco. E que era o colo da amiga dela que queria no momento.
Aquilo me magoou, por ter sido deixado de lado em uma situação que precisávamos resolver sozinhos.
Olivia a buscou e viu que eu estava me segurando para não a deixar ir sem termos uma conversa antes. Ela segurou a minha mão e falou que tudo se resolveria. Aquilo era a insegurança da Alice falando. Suspirei e assenti, afinal tinha pouco tempo que ela sabia do meu passado.
