A conversa com a minha irmã ainda martelava a minha cabeça. Fiz ela me contar tudo, e ela falou, mas ainda sentia que faltava algo naquela história que não se encaixava. Ela ficou na minha casa aquela noite e antes de irmos cada um para a cama, a abracei para afastar aquela dor que me abateu. Eu falhei como irmão mais velho. E me sentia uma fraude.
Ela me deu um dos convites de gala para o ano novo e aceitei, mesmo sem clima para festa. Cheguei um pouco atrasado, precisei finalizar o conserto de uma Ferrari de um amigo meu, que nem sabia dirigir direito, mas cismava em manter aquele carro. Em um ano, ele já foi para a minha oficina cinco vezes. Um recorde que ninguém quebrava.
Olhei ao redor e cumprimentei algumas pessoas que conhecia de vista, mas foi olhar em direção ao grupo de pessoas conversando e ouvir a voz de Alice no meio deles, soube que tinha ganhado a minha noite.
Me aproximei e ouvi o questionamento do espanhol fajuto que queria controlar sua bebida. Alice pegou a taça mesmo assim e ainda deu um gole do líquido. Sem pensar duas vezes, enlacei sua cintura e a beijei na frente de todos. Eu só queria a proteger daquele imbecil, mas no fundo sabia que tinha uma ponta imensa de ciúme me corroendo. Ao ponto de falar que ela era a minha namorada.
Assim que ficamos sozinhos ela veio me questionar, e falei que só tinha feito aquilo para se livrar do embuste.
Ela chegou a abrir a boca para me responder, mas Bia apareceu e cortou o clima estranho que estava se formando naquele momento.
O sujeitinho ainda ficou em cima da Alice, e precisei pedir/ordenar que mantivesse distância, para não estragar a nossa noite. E a teimosa se afastou de mim como se tivesse culpa do idiota a cercar o tempo todo.
Todos estavam reunidos na varanda para assistir a queima de fogos, com uma taça do famoso espumante que estava sendo lançado com tanto glamour.
A contagem deu início e fiz questão de enlaçar a cintura dela para receber o novo ano. Nossos olhos se encontraram e foi impossível evitar o nosso beijo. Foi algo leve, e bem singelo, mas mudou algo dentro de mim que não soube explicar. Me afastei para cumprimentar algumas pessoas e clarear meus pensamentos.
Bia me abraçou e passou nele muitas mensagens, incluindo um alerta de sentimentos dos quais não poderia corresponder.
-Obrigada pelo convite, Bia, mas já está um pouco tarde e já vou embora. – Ela falou ao abraçar a minha irmã. – Tchau, Bernardo. – ela falou e eu abri a boca para questionar sua decisão de ir embora tão cedo.
-Você veio de carro.
-Sim. Não se preocupe, não bebi muito. Sou resistente. – Brincou.
-Posso ir te seguindo para garantir que chegue em casa bem.
-Não se preocupe, Bernardo. Eu aviso quando chegar. – falou. – E você, Bia?
-Vou estar hospedada por essa noite aqui. Se quiser pode dividir o quarto comigo. – Me senti aliviado ao saber que a minha irmã não arriscaria sua vida no final de uma noite de festas. Ela negou. – Então aceita que meu irmão te leve, por favor?
- Ok. Pode me seguir. – Só que eu tinha outros planos, pois também tinha um quarto reservado para a noite, que havia justamente separado para caso a Bia precisasse, mas quem o usaria seria eu. Ao entrarmos no elevador apertei o meu andar e ela estranhou, mas não dei espaço para questionamento e beijei sua boca atrevida.
Alice me correspondeu como da primeira vez e nem sei como abri a porta do quarto sem prestar a mínima atenção ao que fazia.
Eu queria ser calmo e tirar as peças devagar, mas eu estava louco para me enterrar dentro dela. Alice era tentação demais para a minha sanidade.
-Bernardo, espera. – Sua voz me despertou da nuvem de excitação. Ela passou a mão em minha barba e deixou um beijo mais lento em minha boca.
Nossas peças de roupa foram saindo uma a uma, Alice novamente estava sentada em meu colo com uma perna de cada lado e eu estava perigosamente próximo de me afundar nela. Seu bom senso me salvou. Ela levantou do meu colo e buscou a camisinha que indiquei estar no bolso da minha calça. Rasguei a embalagem e me vesti, puxando-a novamente para a posição anterior.
Seu gemido ao ser invadida foi música para os meus ouvidos. Sua testa encostou na minha e fechei meus olhos apreciando o momento.
Alice se moveu e eu levei a mão ao seu seio o apertando com vontade. Afastei nossos corpos o suficiente para levar seu mamilo em minha boca. Seus gemidos se intensificaram. Seu rebolado me levou a loucura e a coloquei na cama, me afundando novamente em suas dobras úmidas com a sua excitação. Comecei a fodê-la com vontade. Nossos olhos se conectaram e uma mistura de sentimentos foram passando em seu rosto tão lindo.
Levei a mão ao seu clitóris a levando a borda do precipício, e eu fui junto com ela.
Vi Alice somente no retorno do meu irmão e sua família após o ano novo, ela me evitou de todas as formas possíveis, mas o pior foi ela ter me negado mais um encontro antes da minha viagem. Porra, nós temos uma química filha da puta e ela resistindo dessa forma.
Cheguei em Monaco, minha primeira parada da temporada, estava hospedado em um hotel próximo aos jardins da Princesa Greice, o lugar era um espetáculo, e só conseguia imaginar a Alice aqui neste lugar comigo.
Frustração me definia por ter meu pedido negado antes da minha viagem. Passei a mão sobre a pulseira que ela me deu com o apelido engraçado. Eu era um urso, mas não era carinhoso. Sorri, ao lembrar dela negando a minha afirmação.
No dia seguinte já estaria pronto para o trabalho e precisaria esvaziar a cabeça para fazê-lo com excelência. Não poderia cometer erros. Eu faria o teste dos carros da McLaren e meu corpo já dava sinais claros da adrenalina que viria pela frente.
Olha como sou boazinha, mais um capítulo para vocês. Em ritmo de dia dos namorados.
Beijinhos e até sábado.
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My care bear( Concluído)
RomanceBernardo Meu sonho morreu no dia que sofri um acidente automobilístico em uma pista de corrida. Mas, tudo ficaria bem, eu tinha um amor que ultrapassava qualquer limite. Pelo menos era assim que eu pensava, até descobrir o contrário. Alice Eu estava...