Me Perdoe

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O casal se afastava lentamente com pequenos selinhos, quando por fim, John colou sua testa com a de Ana e suspirou.

-Meu amor, por favor, me diga que não é um sonho.

-Não é um sonho, John. _ele ergueu a cabeça e abriu os olhos para olhar para ela. Com um brilho especial em suas orbes castanhas, ele sorriu.

-Estou feliz que esteja aqui, Ana. Tive tanto medo de te perder. Eu não queria acreditar quando você saiu daquele jeito da empresa...me desesperei e me senti tão culpado pelo que presenciou...àquilo não devia ter acontecido. Eu sinto muito, amor.

-Meu bem..._Ana o tocou na face e John se inclinou com o toque fechando os olhos _-Sinto muito por não ouvir você. _ele voltou a abrir o olhos. _-Eu devia ter pensado direito antes de sair daquele jeito...eu devia ter ficado ao seu lado, e não agido de maneira precipitada. Eu devia ter sabido que você não teve culpa do que aconteceu, então, por favor, me perdoe John.

-Sou culpado de não contar sobre Jane. Ela veio naquele dia e...

-Ela mentiu pra você. _John se afastou e franziu o cenho.

-O que?

-Ela mentiu sobre a gravidez, amor. Tudo não passou de uma armação pra conseguir o que queria. Ela fez tudo isso porque sabia que você iria ajuda-la, e usou o golpe da barriga para isso.

-Jesus..._Ele respirou fundo e se sentou colocando sua costa na cabeceira _- Como soube disso, amor?

-Cheguei hoje cedo pra falar com você e..._Ana se sentou ao lado dele_-E eu estava disposta a romper nossa relação _John olhou assustado para ela, mas Ana encostou na mão dele e entrelaçou seus dedos _-Mas você tem filhos incríveis e muito espertos que descobriram a barriga falsa no quarto da Jane.

-Como é?

-Lizzie e Théo...eles se esconderam no quarto e quando Jane entrou, eles pegaram a barriga e trouxeram para mim. Eles tiveram a idéia sozinhos. Foi assim que descobri que tudo não passava de uma armação dela.

-Meu deus!_John apertou um pouco a mão de Ana. _-Eu jamais poderia imaginar que Jane inventaria algo tão sério pra me enganar. Eu sinto muito por ter sido tão idiota, amor. Eu a trouxe pra cá mesmo sabendo que não tinha chances nenhuma desse filho ser meu...

-Como assim?...

-Quando a encontrei em Nova York, havíamos bebido o suficiente, mas me certifiquei de não estar completamente bêbado para esquecer de me previnir. Tomei todo cuidado possível, mesmo estando naquelas condições...Eu precisava me aliviar_ele corou_-E Jane foi a única mulher disposta naquela noite a tirar um tempo para mim. Depois que aconteceu eu...eu me arrependi amargamente de ter ido tão longe, ainda mais com a minha ex cujo havia me abandonado anos atrás. Quando voltei para casa jurei que não cometeria esse erro novamente, principalmente porque tinha me apaixonado por você... enfim...Por isso não havia nenhuma chance de Jane estar esperando um filho meu.

-Então...porque disse as crianças que eles teriam um irmão?

-Foi Jane quem disse isso a elas.

-E você não desmentiu. _John abaixou a cabeça

-Me desculpa amor... eu sabia que devia ter feito isso, mas pensei em ajuda-la.

-Ajuda-la a manter uma mentira!?

-Eu acreditei que ela estivesse grávida de algum covarde que a tenha abandonado. Pensei que ela precisava de mim de verdade; então assumiria a criança. Me entende? O bebê era inocente e não podia ficar desamparado.

-Johnny..._ela o olhou com compaixão

-Tem razão... fui um completo idiota por ter levado isso adiante..._ele suspirou tristemente _-E agora quebrei a cara... Outra vez.

-Amor, olha pra mim.

John estava abatido, mas olhou para ela.

-Está tudo bem. Eu perdoo você por isso, e até por aquele beijo que ela te roubou não dando tempo pra você reagir. Mas quero que saiba que você, amor, não teve culpa do que aconteceu... Johnny, você é a pessoa mais honesta que conheço...você é um homem de caráter, gentil, cuidadoso, e preocupado com todos a sua volta. Você é incrível, meu amor. Um cavalheiro, sem sombra de dúvidas.

-Então não está com raiva de mim pelo que aconteceu?

-Nem poderia. Eu tenho muita sorte por amar um homem maravilhoso e que me deixa orgulhosa a cada dia.

-Ana..._John voltou a encostar sua testa na dela. _-Eu te amo tanto.

-Também te amo, Jonh. _Ela o beijou e sentou no colo dele enquanto o beijo se tornava mais intenso.

John a beijava como se sua vida dependesse disso e de fato dependia. Ele precisava dela a cada minuto do dia. Ele precisava estar com ela e mais ninguém. Enquanto a beijava, John sentiu seu coração disparar, e naquele momento, um desejo profundo tomou seu peito pela segunda vez.  Foi então que ao se afastar poucos centímetros da boca dela, ele disse:

-Casa comigo.

Ana se afastou, mais ainda o tocando no rosto e John abriu os olhos.

-O que?

-Casa comigo, amor.

-Você...está me pedindo em casamento?

-Estou. _Ele sorriu e assentiu _-Quero que seja minha esposa. Você aceita?

-Johnny..._Ela o beijou e voltou olhar para ele_-Tem certeza disso?

-Absolutamente. _ele apertou gentilmente a cintura dela enquanto a olhava nos olhos. _-Por favor...

-Eu te amo. _Ana se emocionou_-E sim! Aceito me casar com você, Johnny.

Ele sorriu e a puxou para beija-la intensamente, logo mudando suas posições na cama. Ele ficou por cima dela e a olhou nos olhos novamente.

-Obrigado. _foi a vez dela de sorrir_-Te amo.

-Te amo mais.

Ele sorriu ladino e lentamente voltou a beija-la com toques aqui e ali, eles mataram completamente a saudade que sentia um do outro.

Mais tarde, após um momento maravilhoso...John e Ana tomaram banho juntos, se arrumaram e desceram de mãos dadas.

Assim que seus filhos o viram juntos, eles rapidamente correram para abraça-los contente, porque a família estava unida outra vez.

John contou a eles que havia feito o pedido à Ana e todos mais uma vez vibraram com emoção.

E naquela noite, todos jantaram à mesa animados enquanto esqueciam dos acontecimentos ruins que quase os afastou.

...













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