A Garotinha Perdida

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Como tudo começou

Ano-1996

O homem olhou pela terceira vez em seu relógio de pulso e suspirou olhando de volta para a janela do carro sabendo que já estava muito atrasado.

Ele não queria chegar atrasado ao encontro com a mulher que ele acreditava ser sua futura esposa. No entanto, o transito de Los Angeles estava um caos. Os carros não pareciam se mover e seu motorista particular não podia fazer muito a não ser esperar.

-Infelizmente não conseguiremos chegar na hora, senhor Depp. Eu sinto muito.

Disse o motorista olhando pelo retrovisor interno. Seu chefe o olhou encontrando os olhos do motorista através do espelho e acenou.

-Tudo bem. Não é sua culpa, Otto.

Respondeu ele, logo voltando a olhar para a calçada do lado de fora entre o vidro da janela. Assim que seus olhos pousaram lá, ele franziu o cenho e apertou os olhos ao avistar uma criança parada na calçada e olhando de um lado ao outro. As pessoas não parecia nota-la, então Depp ficou a observar os próximos passos da criança. Sua preocupação aumentou quando a menininha começou a andar em direção a rua. Os carros lentamente começaram a se mover então ele não pensou duas vezes para salvar aquela criança.

-Otto. Pare aqui, por favor.

-Sim, senhor. _Como pedido, o motorista encostou e Depp rapidamente saiu do carro e correu em direção a menina chegando a tempo antes que ela saisse do meio fio. Ele a puxou gentilmente para trás e a segurou quando os carros ganharam mais velocidade.

Sem entender, a menina olhou para seu salvador e ele se abaixou na frente dela para a olhar com mais atenção.

-Você está bem?_perguntou e a menina assentiu _-Não pode atravessar sozinha. Onde estão seus pais?

Ela não sabia ou não queria falar.

-Como se chama?

-Ana. _ela respondeu com sua vozinha de criança

-Ana. Oi. Eu sou Johnny. Seus pais não estavam com você. Onde eles estão?

-Eu não sei. _ela levantou os ombros enquanto ainda olhava fixamente para ele. Logo o motorista particular se aproximou do chefe e da pequena menina.

-Tudo bem senhor Depp?

O homem olhou para o motorista.

-Não. Eu acho que não. Esta pequena está aqui sozinha. Não sabe onde estão os pais.

-Oh!

-O que faremos com você? _ele voltou seu olhar para ela que ainda o encarava. Ela simplesmente não conseguia desviar.

-Quantos anos tem, garotinha?_Perguntou o motorista pensando no que fazer.

-Três, quase quatro.

Johnny sorriu ladino e olhou para o motorista que olhava em volta.

-Ninguém parece ter se dado conta de que perdera uma criança. Apenas agem naturalmente. Acho que teremos que leva-la ao posto policial mais próximo, senhor Depp. Eles localizarão os pais dela.

-Sim. Mas e se eles estiverem por perto? Não quero arriscar e ser confundido com um sequestrador.

-Teremos que esperar mais um pouco, mais ainda tem o seu encontro, senhor.

Depp pensou sobre isso. Ele olhou por alguns instantes para o nada e voltou seu olhar para a pequena criança na sua frente.

-Ela é prioridade no momento. Depois eu converso com a Jane. Ela vai entender.

Ficaram ali esperando algum adulto que dera falta de uma criança, aparecer mais isso não aconteceu, então a única coisa que podia fazer era ir à delegacia.

Eles colocaram Ana no carro e enquanto Johnny a distraía, seu motorista seguiu rumo ao departamento de Polícia. No caminho, e em uma parada, Johnny comprou um lanche para a garotinha e seguiram viagem. Quando por fim chegaram à DP, eles entraram e explicaram os policiais a situação daquela criança. Eles rapidamente localizaram os pais e pediram-lhes para vir busca-la. Depp resolveu esperar por eles.

Quando por fim chegaram, ele viu como o pai da menor parecia preocupado, mais a mãe não parecia muito interessada.

-Muito obrigado senhor. Eu sempre serei grato pelo que fez por minha filha.

-Não tem de quê, senhor. Ela e adorável. Não nos deu nenhum trabalho.

Disse Depp ao apertar a mão do pai. Logo a pequena acenou sua mãozinha para ele e satisfeito por ter ajudado, Johnny sorriu para ela acenando também a sua mão, vendo-a partir com os pais.

-Senhor Depp...a senhora Clark está ligando. _Disse o motorista entregando o celular para o chefe que o atendeu de bom grado. Em seguida se despediram dos policiais e foram embora para o encontro que Johnny ainda teria. Mais assim que chegou ao local na mesa que havia reservado, encontrara vazia. Não havia nenhum sinal de sua então namorada.

-Ela foi embora senhor. Disse que não esperaria mais. _falou o garçom e Depp se sentou a mesa enquanto enfiava uma das mãos em um dos bolsos de sua calça social e retirou de lá uma caixinha. A mesma cujo havia a aliança.

-Ficará pra jantar senhor?_O garçom perguntou um pouco sem jeito. Mesmo chateado, Johnny olhou para ele e assentiu pedindo em seguida para o servir com o prato da casa e um de seus melhores vinhos.

Quando terminou, ele pagou e deixou o restaurante. Assim que entrou no carro seu motorista o confortou.

-Eu sinto muito, senhor.

Johnny olhou para ele e acenou

-Acho que não era pra ser. Vamos pra casa, Otto.

Dito isto, o motorista deu partida no carro levando-o de volta para casa.


...

Nota: Não sei onde isso vai me levar. Mais espero que eu consiga concluir. Estou empolgada.

Ps: Alguns dos personagens são criados por mim. Outros existem na vida real. Tipo, a "namorada" e "esposa" do Johnny não terá nenhuma relação com as da vida real. São nomes fictícios. Assim como os filhos dele, que serão 3.




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Obrigado.

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