Capítulo 28.

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FERREIRA ~~~~

Acordei cedo, como sempre. O sol mal tinha dado as caras e eu já tava de pé, mandando um café forte goela abaixo na cozinha. Pietra ainda tava dormindo, e Renan esparramado na cama, roncando igual um trator.

Pensem comigo pessoas: "Hoje vai ser foda, tô sentindo."

Sai de casa, joguei o boné na cabeça e segui em frente, na minha moto. No caminho até a praça, fui cumprimentada por alguns moradores.

Dona Maria: Bom dia, Ferreira! Tudo tranquilo?

Ferreira: Bom dia, Dona Maria. Tudo na paz por enquanto, mas o día só tá começando, né?

Cheguei na praça e meus vapores já estavam reunidos, discutindo as tretas do dia. Me aproximei e todo mundo calou a boca.

Ferreira: iai trutas? Qual é a merda de hoje?

DG: Tem um cara novo vendendo porcaria lá embaixo. Tá dizendo que foi autorizado por você.

Ferreira: Autorizado por mim? Tá de sacanagem. Bora resolver essa parada agora.

Fomos até a boca do morro e lá estava o sujeito. Me aproximei, com o olhar de quem não tá pra brincadeira.

Ferreira: Você é o otário que tá dizendo que tem minha autorização, é?

Sujeito: E-eu... é que... eu pensei...

Ferreira: Pensou errado, babaca. Aqui ninguém faz nada sem passar por mim. Some daqui antes que eu perca a paciência.

O indivíduo saiu correndo, e eu me virei pros meus.

Ferreira: Vocês precisam ficar mais ligados, senão daqui a pouco qualquer mané vai achar que pode fazer o que quiser aqui.

De repente, avistei Lorena se aproximando com aquele andar de quem se acha. Lorena já foi uma boa pessoa, ninguém nega, mas chata demais pro meu gosto.

Lorena: Oi, Ferreira. Tudo bem?

Suspirei antes de responder ela.

Ferreira: O que você quer, Lorena?

Lorena: Ah, só queria trocar uma ideia, ver se a gente podia... sei lá, tomar um café qualquer hora dessas.

Ferreira: Olha, Lorena, já falei que não rola. Eu tô com a Pietra, e tô muito bem, valeu?

Lorena: Mas a gente podia ser só amiga, sei lá. Eu te admiro, sabia?

Ferreira: Admira de longe. Amizade eu já tenho de sobra. Quer mesmo conversar? Vai falar com o Padre Júlio. Tchau.

Ela fez cara feia, mas saiu. Virei pros meus de novo.

Ferreira: Viu? É assim que se resolve as coisas, Sem enrolação.

A manhã continuou com mais algumas tretas pra resolver, nada tão importante assim, teve briga de vizinhos, problema de água e até um cachorro perdido que ajudei a achar. Quando o sol tava queimado  horrores a minha cabeça, decidi que ia voltar pra casa.

Chegando em casa, Pietra ja havia chegado, tava na sala, lendo um livro, e Renan brincava com seus carrinhos.

Pietra: Oi, amor. Como foi o dia?

Ferreira: Correria, como sempre. Mas nada que a gente não resolva.

Renan correu até mim, se agarrando nas minhas pernas.

Renan: Mamai! Consegui montar a pita de carrinhus que você me deu!

Ferreira: Que da hora, meu campeão! Vamos ver essa pista.

Me joguei no chão com Renan, e comecei a brincar com os carrinhos junto com ele, enquanto Pietra nos olhava a gente com um sorriso. Mesmo com toda a correria e os problemas do dia, aquele momento em família fazia tudo valer a pena.

À noite, depois de jantar, eu e Pietra colocamos Renan pra dormir. Ele lutou contra o sono, como sempre, mas acabou se rendendo.

Renan: Mamai, conta uma história?

Ferreira: Claro, meu campeão. "Era uma vez um menino corajoso que morava no morro e..."

Contei uma história rápida, vendo os olhos dele pesarem até finalmente fechar.

Pietra: Dormiu, finalmente.

Ferreira: Pois é, esse moleque é cheio de energia.

A gente foi para o quarto, e assim que fechamos a porta, senti os braços de Pietra ao redor da minha cintura.

Pietra: E você, meu amor, como tá? Parece que hoje foi pesado.

Ferreira: Foi sim, mas nada que eu não dê conta. Só de estar aqui com você, já me acalma.

Ela me puxou pra mais perto, os lábios dela encontrando os meus. Beijei-a com vontade, sentindo o corpo relaxar depois de um dia cheio de estresse. Nos movemos juntas até a cama, onde nos deixamos levar pelo momento, cada toque e cada beijo uma lembrança do porquê estávamos juntas.

Pietra: Eu Te amo, Ferreira.

Ferreira: Eu também te amo, Pietra. Vamos aproveitar esse momento só nosso meu amor.

As mãos de Pietra começaram a deslizar pelo meu corpo, tirando minha camiseta. Eu fiz o mesmo com ela, sentindo a pele quente contra a minha. Nossos beijos ficaram mais intensos, cheios de desejo. Meus dedos desceram pelas costas dela, sentindo cada curva, enquanto os dela se perdiam no meu cabelo, puxando levemente.

Nós deitamos na cama, e eu senti o corpo dela se encaixar no meu. Pietra beijou meu pescoço, fazendo um arrepio subir pela minha espinha. Minhas mãos exploravam cada parte do corpo dela, conhecendo cada detalhe.

Ferreira: Você é incrível, Pietra. Não sei como eu teria sobrevivido nesse dia sem você.

Pietra: Eu sempre vou estar aqui pra você, Ferreira.

Os nossos corpos se moviam juntos, encontrando um ritmo perfeito. O quarto estava preenchido pelos nossos sussurros e suspiros. Cada toque, cada beijo, era uma promessa de amor e apoio incondicional.

Depois de algum tempo, caímos na cama, exaustas mas felizes. Nos abraçamos, aproveitando a intimidade daquele momento.

Ferreira: Amo você, preta.

Pietra: Também te amo, meu amor. Dorme bem.

Adormecemos juntas, prontas para acordar mais um dia no morro, mas sabendo que, enquanto estivéssemos juntas, nada seria impossível de superar.
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Hoje é só meus amores, esse capítulo foi a nossa editora que fez, mas prometo voltar logo logo.
Curtam e comentem muitoooooo até amanhã 🫶🏻🫶🏻🫶🏻

Minha Dona Do Morro Onde histórias criam vida. Descubra agora