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𝑺𝑻𝑬𝑳𝑳𝑨 𝑴𝑨𝑬𝑽𝑬 ( sᴇᴛᴇ ᴀɴᴏs )ᴇsᴛᴀᴅᴏs ᴜɴɪᴅᴏs, ᴄᴀᴍʙʀɪᴅɢᴇ07 ᴅᴇ ғᴇᴠ, 15:40 ᴀᴍ

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𝑺𝑻𝑬𝑳𝑳𝑨 𝑴𝑨𝑬𝑽𝑬 ( sᴇᴛᴇ ᴀɴᴏs )
ᴇsᴛᴀᴅᴏs ᴜɴɪᴅᴏs, ᴄᴀᴍʙʀɪᴅɢᴇ
07 ᴅᴇ ғᴇᴠ, 15:40 ᴀᴍ

— Jogue essa bola longe de novo, e eu farei você engolir ela! — Ameaçou Alexander.

— Desculpa, irmãozinho. — Jasper responde entre risadas e sarcasmo.

Estamos na quadra.
Toda quarta às 15:00, os meninos decidem ir jogar bola e me chamam para ir junto. A única diferença é que eu fico sentada na arquibancada, vendo eles jogarem com outros meninos da nossa vizinhança.

Eles brigam toda hora, discutem e alguns outros meninos xingam. Um palavreado muito feio, chamado "porra". A titia Natasha ficaria decepcionada em escutar isso saindo da minha boca, igual como sai várias vezes da boca dos dois filhos dela, Jasper e Alexander. Não irei contar a titia, mas também não acho que eles vão parar.

Suspiro alto, apertando o meu ursinho novo contra o meu corpo.

De imediato, meus olhos pousaram em Alexander que se aproximava, e com ele vinha Jasper, Samuel e os outros três meninos que também moravam na nossa rua.

— Oi, loirinha.

Jasper diz, próximo o suficiente. Sinto sua mão pousar sobre a minha cabeça e rapidamente bagunçar o meu curto cabelo loiro.

— Oi. — Digo, me encolhendo.

— Pare de desarrumar o cabelo dela. — Fala Samuel, com a sua voz fina preenchida de repressão

Ele se aproxima, arrumando delicadamente os fios bagunçados, com um sorriso largo que acabava revelando a falta de um dente na parte da frente porque ele havia arrancado a uma semana atrás.

Samuel termina de arrumar, e senta ao meu lado na arquibancada.

— Você viu que a Isobel está usando sutiã? — Indaga o ruivo, um amigo da vizinhança deles, seu tom é divertido.

— Cara, eu vi. — Responde Jasper, com um sorriso malicioso no rosto.

— Prefiro a Verônica. — Comenta Alexander, e eu olho-o diretamente, um pouco incrédula.

— Eca, ela é muito chata. — Fala novamente o ruivo.

Mas eu só olhava Alexander, que se mantinha com uma expressão neutra e encarava a quadra.

— Eu não sabia que eu iria ser tão obcecado em peitos. — Jasper fala, tirando um pirulito do bolso da frente da sua bermuda jeans.

— Urgh! Você tem 10 anos. — Vociferou Samuel, sua expressão de nojo visível.

— E qual é o problema? Por acaso você é boiolinha? — Indaga, intrometendo-se um outro menino, seu cabelo loiro claro, e seus olhos verdes bem escuro.

Seu tom era curto, grosso.
Ele tinha a mesma idade que Alexander, 12 anos. Eles eram os mais velhos daqui da roda.

— Nada. — Samuel responde baixo.

Meus olhos se voltam para Samuel que agora olhava o chão fixamente.

Por que meninos são assim?

— Ei, garota! — O loiro chama, dessa vez, sua voz tinha um tom diferente.

Meus olhos desviam-se de Samuel, e param no garoto loiro que tanto parecia bruto ao confrontar
Samuel.

Ele está me olhando.
E por algum motivo Alexander, Jasper e Samuel estão olhando para ele também.

— Sabe o meu nome? — Ele continua, surgindo um sorriso indecifrável no seu rosto.

Eu nego com a cabeça.

Meus dedos apertam a minha pelúcia que eu segurava, e sinto o meu estômago revirar com o sorriso medonho que crescia no rosto daquele menino.

Ele é tão estranho.

— Prazer, Edgar.

— Como se ela quisesse saber. — Zombou Jasper.

— Depois que essas uvinhas dela se transformarem em alguma coisa grande, ela vai querer saber. — Confessa Edgar, que me olhava fixamente.

— Como é?!
Alexander e Jasper dizem em uníssono.

Meus olhos disparam para os dois, que tinham seus olhos estreitos encarando Edgar.

— Você é maluco? Imbecil. — Esbravejou Alexander, dessa vez se aproximando mais de Edgar.

— Ai fala sério, cara. Vocês tão com sorte de ter uma Maeve na casa de vocês. — Edgar argumenta.— Meu pai diz que as Maeve's são as melhores no boquete.

O que é isso?

E então, o barulho visível de um punho se chocando com toda a força em algo ecoa.

Meus olhos se arregalam. Assustada, me levanto rapidamente.

Alexander bateu em Edgar.
E ele continua batendo nele.

Desesperada, olho ao meu redor, esperando achar Samuel ao meu lado, mas o lugar está vazio.

Novamente meus olhos direcionam-se para os meninos que brigavam e encontro Samuel no meio deles que, pelo visto, foi com o intuito de separar os dois, mas parecia se aproveitar da aproximação e acabava batendo no ruivo também, que com cada chute soltava um grunhido de dor.

Meu deus o que eu vou fazer ?

— Parem vocês aí, seus moleques

Grita um homem, barbudo e alto, que corria até eles, que se batiam sem parar.

— Por favor, me ajude tio ! — Implorei choramingando.


Não esqueçam da estrelinha, por favor.  ;)💝

𝐎𝐬 𝐐𝐮𝐚𝐭𝐫𝐨𝐬 𝐈𝐫𝐦𝐚̃𝐨𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora