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𝑨𝑳𝑬𝑿𝑨𝑵𝑫𝑬𝑹 𝑪𝑶𝑳𝑳𝑰𝑵

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𝑨𝑳𝑬𝑿𝑨𝑵𝑫𝑬𝑹 𝑪𝑶𝑳𝑳𝑰𝑵

Eu estou aqui. Nessa sala extensa pra caralho, que cabe a minha casa de aluguel inteira.

Minha mãe sempre gostou do luxo, e o marido dela também. Ela sempre me disse que não dava para ter nada se você não tivesse dinheiro. De alguma forma, ela está certa, mas acho que a velha foi tão hipócrita quanto essa sala exageradamente grande.

Será que ela lembrou-se dessa frase quando decidiu me mandar para longe?

Como eu não era láááá o adolescente mais educado e comportado na época, eu fui "expulso" de casa, fiquei por anos fora dos Estados Unidos, e não mantive nenhum contato com essa família, a não ser o Jasper.

Minha mãe, foi a primeira a tentar se comunicar de algum jeito comigo. Mas, também foi a primeira a nem sequer mandar uma merreca para o seu querido primogênito. Eu sei que meu padrasto tem um dedo nisso.

Ele sempre tem.

Aquele intercâmbio de merda, foi um pesadelo para mim. Eu não tinha dinheiro para gastar com bebidas, nem roupas novas, e as amizades eram o total de zero pessoas.

Eu só fodia meninas 24 horas por dia.
Única coisa boa no meu ponto de vista.

Encaro a imensa TV, que passava nela um documentário entediante. Suspiro, me aconchegando no sofá confortável e apoio minha cabeça no encosto.

A sala estava em total silêncio, só era presente a voz que vinha diretamente da TV.

Samuel, o meu irmão mais novo, não tinha se direcionado a mim nenhuma vez. A não ser o "Bom dia" que ele me deu há uma hora atrás. Ele parece desconfortável, nervoso e anseiando para que eu puxe assunto.

Sempre vi Samuel como uma criança, e sempre pensei que quando ele crescesse seria um broxa. Não que eu seja um cartomante para saber, mas ele tem uma carinha de que não sabe gozar.

Sinto meus lábios se erguerem levemente com o pensamento sobre o meu irmão caçula.

Porém, ele é suportável.

Entre a velha egoísta, o padrasto calvo, o Matt fominha e a loira dos ursinhos de pelúcias, o Samuel é o menos mal.

Escuto passos vindo das escadas, e então meus olhos vão até o meu irmão que já me encarava, e apressadamente o mesmo quebra o contato visual comigo, olhando para outro canto qualquer.

Meus olhos direcionam-se para a TV novamente, com total desdém dessa sala, dessa casa, dessa cidade. E então uma voz conhecida ecoa atrás de mim.

— Bom dia, meninos. — Comentou a minha mãe.

Observo que Samuel sorri gentil, mas sua expressão é tensa, e para piorar está mais pálido do que o normal.

𝐎𝐬 𝐐𝐮𝐚𝐭𝐫𝐨𝐬 𝐈𝐫𝐦𝐚̃𝐨𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora