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𝐇𝐎𝐉𝐄 𝐄𝐌 𝐃𝐈𝐀
ᴇsᴛᴀᴅᴏs ᴜɴɪᴅᴏs, ʟᴏᴍʙʀɪᴅɢᴇ
17 ᴅᴇ ᴅᴇᴢᴇᴍʙʀᴏ, 01:27 ᴀᴍ

𝐇𝐎𝐉𝐄 𝐄𝐌 𝐃𝐈𝐀ᴇsᴛᴀᴅᴏs ᴜɴɪᴅᴏs, ʟᴏᴍʙʀɪᴅɢᴇ17 ᴅᴇ ᴅᴇᴢᴇᴍʙʀᴏ, 01:27 ᴀᴍ—

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𝑺𝑻𝑬𝑳𝑳𝑨 𝑴𝑨𝑬𝑽𝑬

Eu não consegui dormir depois da discussão com o Matt.

Meus olhos mal fechavam com as lembranças repentina da noite anterior. Foi uma discussão imatura, eu sei. Mas me dói saber que em todos esses anos, ele simplesmente jogou de lado todo o meu esforço que eu tive para ajudá-lo. Toda a confiança que nós construímos um com o outro foi simplesmente uma mentira? Eu não consigo compreender e isso me irrita cada vez mais!

Odeio brigas e odeio mais ainda se são com as pessoas que eu amo.

Não deveria ser tão difícil.

Respirei fundo, inalando o cheiro leve de terra molhada, já que não faz tanto tempo que acabou de chover lá fora. Atentamente, eu observo a noite fresca pela a minha janela do quarto. Ela dava de frente ao jardim que, algum tempo atrás, eu brincava com os Collin's. Esse jardim me traz diversas memórias boas e também ruins. Foi onde eu vivi a maior parte da minha infância, seja feliz ou triste. Lá ainda habitam os balanços, os brinquedos, nossa marca registrada nas árvores e me pergunto o porquê que a Sra. Collin não quis tirar tudo isso ao passar do tempo. Ela deve sentir saudades de todos nós bem pequenininhos correndo pela casa.

Minha boca se ergue levemente em um sorriso fraco.

Até eu sinto saudades, Sra.Collin.

Meu sorriso desaparece de imediato.

Até a essa hora esse cara não me deixa sossegar?!

Meus olhos pousaram no homem que adentrava ao jardim escuro. Sua silhueta era incrivelmente visível, junto com o cigarro aceso entre seus dedos.

Meus olhos se prendem nele, em Alexander.  Observo seus passos, seus movimentos, a forma que ele traga, como sua cabeça caía para trás levemente enquanto a fumaça fugia de sua boca, dos seus lábios.

Eu estava fissurada em olhar para ele. Dentro de mim queimava, ardia, a sensação que estava a subir dos pés até a cabeça. Eu não sinto nada, além do calor repentino de uma noite fria.

Isso é muito doido. Que sensação estranha.

Reparo que ele se vira. Antes, o mesmo que olhava os balanços agora está a olhar para frente de casa. Eu me pergunto o que se passa em sua cabeça.

Me pergunto até quão longe ele iria naquela época, há 5 anos. E se ele nunca tivesse ido para o internato bem longe daqui? E se ele continuasse a morar nesta casa comigo?

Mordo meus lábios, nervosa com as minhas próprias perguntas.

Então vejo o rosto de Alexander subir levemente a cabeça em direção a parte mais alta da casa dos Collin's. Meu coração dispara.

𝐎𝐬 𝐐𝐮𝐚𝐭𝐫𝐨𝐬 𝐈𝐫𝐦𝐚̃𝐨𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora