12- Treinamento

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— Parece que está tudo ok senhor Potter, tanto com seu corpo quanto com sua magia, mas quero salientar a importância de se cuidar e manter repouso nos próximos dias. Qualquer dor me procure, e por favor, tente não se meter em confusão por um bom tempo — Madame Pomfrey falou. 

Era segunda de manhã, e a insistência da curandeira, Harry havia passado o final de semana na ala hospitalar. 

Pelo jeito o diretor foi o responsável por ele não... eh... morrer, mesmo após cair sabe-se lá quantos metros de altura no primeiro jogo da temporada. Mesmo assim, o garoto havia chegado extremamente débil e doentio na ala hospitalar. 

Fraco pelo feitiço do patrono avançado que lançou e pelo jogo difícil, resfriado devido ao temporal que ficou exposto... 

No entanto, pelo menos eles venceram o jogo. Isso deixou Harry radiante, além de que, seja pelo bem ou seja pelo mau, ele conseguiu a folga que ele tanto queria da sua rotina doida e insana. 

Uma procissão de amigos veio visitá-lo, todos decididos a animá-lo. 

 Hagrid lhe mandou um buquê de flores com lagartinhas, que pareciam repolhos amarelos, e Gina Weasley, corando furiosamente, apareceu com um cartão de votos de saúde, feito por ela mesma, que cantava com voz esganiçada a não ser que Harry o guardasse fechado embaixo da fruteira. O time da Grifinória tornou a visitar o companheiro no domingo de manhã. Isso sem falar de Rony e Hermione só deixavam a cabeceira de Harry à noite. 

Todavia, o mais inusitado dos presentes foi um cartão que recebeu, este encantado para que um desenho dele sendo atingido por um raio enquanto segurava o pomo de ouro. Não era exatamente uma obra de arte, e Harry tinha a impressão que nenhum de seus amigos mais próximos teria mandado tal coisa pensando ser um presente de muito mal gosto depois do que rolou... Mesmo assim, Harry achou hilário. 

Mas, algo perene em sua personalidade era seu desgosto pela ala hospitalar da escola. Por mais que tenha sido necessário ficar o fim de semana, ao ouvir os disseres da Madame Pomfrey Harry deu um verdadeiro sorriso. 

— Não me meto em confusão senhora, é ela que me encontra — O garoto disse pulando da cama. 

— Que Merlin me ajude... — E enfermeira resmungou para si mesmo enquanto se afastava. 

Todavia, uma epifania fez com que a mesma estagnasse no lugar e se virasse para o grifinório que juntava seus pertencentes logo antes de dizer: 

— E a propósito, o diretor me pediu para avisá-lo que gostaria de vê-lo antes da primeira aula. Ele deve estar te esperando no escritório. 

Harry tentou não demonstrar reação quanto a isso, apesar de uma curiosidade monstruosa ter começado a crescer dentro dele. O que o diretor queria dessa vez? 

— Eu não sei a...

— O professor Dumbledore gosta realmente de jujubas — A mulher disse antes de se afastar. 


Harry ia bater na porta do escritório logo após a gárgula lhe da passagem ao dizer a senha quando a mesma se abriu revelando o tão notório escritório do diretor, com todos os seus quadros e instrumentos peculiares. 

— Mandou me chamar diretor? — Harry pronunciou se aproximando aos poucos e cauteloso. 

O garoto se surpreendeu que dentro do aposento não estava apenas o brilhante bruxo idoso como sempre, havendo mais duas personas ali dentro: Professora minerva com sua pose imponente de sempre sentada em uma das cadeiras a frente da mesa do diretor, e o professor Lupin de pé apoiado na lareira. 

Harry Potter e o Lord Slytherin / DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora