Harry Potter e o Lord Slytherin / Drarry

18- Só pra ver você apanhando de novo

O garoto abriu os olhos.

Harry estava extremamente exausto, como se toda a sua magia tivesse evaporado. Também estava confuso, mas isso não era algo difícil de adivinhar o motivo: 

Harry pensara que estaria na enfermaria do castelo com seus amigos e talvez as autoridades competentes devido a toda a situação... Mas não. O grifinório estava confuso ao se ver em um ambiente extremamente escuro e assustador. Um lugar de dar arrepios, e que poucas são as almas corajosas, ou tolas, que se atrevem a se aventurar por lá. 

— Que porra eu tô fazendo na floresta proibida? — O garoto resmungou enquanto se sentava levando a mão à cabeça que parecia que iria explodir. 

— Lembranças ruins...? Nem me fale Pottah — Uma voz a sua direita o fez ficar alerta e se virar na direção. 

Todavia, Harry não precisava ver os cabelos loiros bonitos, os olhos azuis acinzentados e nem a expressão de soberba na cara da sua companhia para saber quem era. Aquela voz...

— Malfoy...? Eu estou sonhando? — Harry perguntou confuso, tateando os bolsos até achar sua varinha. 

Soltou um suspiro de alívio ao segurar o pedaço de madeira. Merlin o ajudasse caso tivesse a perdido nisso tudo. 

Por falar nisso tudo... 

— Costuma sonhar comigo? — Draco questionou com uma careta. 

— Sirius! Dementadores! — Harry o cortou assustado olhando para os lados, pânico invadindo seu ser — Onde ele está? O que fez com ele Malfoy?! Eu preciso salvá-lo... 

— Ei, ei, ei, ei! Eu não fiz nada não — Draco levantou as mãos em rendição — E é isso que eu ganho por te salvar? 

— Me salvar...? Eu estou confuso... — Harry disse se levantando. 

— Novidade né... — Malfoy resmungou também se levantando, apesar de dar pequenas palmadinhas em sua roupa para se livrar dos vestígios da floresta, ao contrário do moreno que tinha mato até no cabelo. 

— Malfoy! — Harry rosnou se adiantando para o loiro e levantando sua varinha. 

Foi instinto de Draco dar um paço atrás. 

— Ei, calma! Eu... bom, não tem jeito menos humilhante de se falar isso, então lá vai: Eu te segui para ajudar a salvar o hipogrifo. Você foi bem ameaçador quando me fez prometer a fazer todo o possível para salvar Bicuço... e eu posso ou não concordar que ele não merece morrer. Não acontece sempre, mas as vezes eu sou um idiota... e estava querendo concertar isso. 

— As vezes?! — Potter falou com sarcasmo, inconscientemente abaixando a varinha. 

— Sim, só as vezes tá! Mas o fato é que eu tentei de todo modo com meu pai. Sem chances. Então posso ter tido ou não uma ideia. Sabe, usar seu vira-tempo pra voltar e salvar Bicuço no intervalo de tempo entre eles terem visto o animal, e irem o matar. Isso me da um álibi sabe... o que é bem importante, pois não vou me ferrar por causa de ninguém não, mesmo que seja minha culpa. 

— Opa, rebobina a fita ai...

Harry estava extremamente confuso. Primeiro Malfoy não o tinha denunciado aquela vez em Hogsmeade, e agora o sonserino mais frio e egocêntrico do mundo estava se arriscando para salvar um hipogrifo que o queria atacar?! Isso não fazia muito sentido! 

— O que é uma fita? — Draco perguntou confuso, com uma expressão adorável de perdido. 

— Não importa. O que não entendi é uma pequena coisa: desde quando você se importa? O Malfoy que conheço e odeio nunca que estaria na floresta proibida a essa hora da noite, quem dirá estar aqui para propor salvar alguma coisa que não fosse a própria bunda.