15- Gato, rato e cão.

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— Não se faz mais sonserinos como antigamente... — Salazar resmungou de novo, flutuando de braços cruzados enquanto Harry e Godric transformavam o escritório da câmara na festa particular deles. 

— Pare de ser um velho rabugento Sal... aceita que vocês perderam e a gente venceu. Há há — Godric falou eufórico antes de dar uma cambalhota no ar fazendo Harry rir. 

— Patético, desonroso, ridículo...

— A gente ganhou, Há Há! — Godric falou ainda mais alto. 

Harry simplesmente amava a energia dos seus dois tutores, e ainda estava em êxtase do jogo, tendo emendado a partida com a festa na grifinória, e agora a visita à Câmara. 

Para terem uma ideia Harry ainda estava sujo de tinta vermelha e dourada, isso sem falar o glitter no seu cabelo. Sério, metade da grifinória vai matar Fred e Jorge amanhã quando perceberem que aquela merda brilhante que eles ficaram tacando para o ar não saia de jeito nenhum. 

— Isso até merece uma bebida de comemoração! — Godric disse passando a mão pela enorme pança. 

— Ah, claro grifinório estúpido. Com certeza a melhor coisa para dois fantasmas que não conseguem beber, um elfo doméstico e para uma criança ainda nova pra álcool é bebida — Salazar disse revirando os olhos e se afastando em direção à prateleira de livros. 

— Eu já tenho quase 14! — Harry resmungou, mas bastou um olhar do fantasma para ele calar a boca. 

— Estraga prazeres. As vezes me pergunto como podemos ser primos... — Godric disse. 

— Bom, eu sou primo de Duda Dursley... Então digo que tudo é possível. 

— Por falar nisso Harry, o ano letivo já está acabando. Temos que conversar. — Salazar propôs. 

— Que tal amanhã? Deixe o menino comemorar sua vitória mais um pouco... — Godric interveio. 

O senhor da sonserina olhou para os dois grifinórios dos pés a cabeça, focando principalmente no estado deplorável de Harry devido a festa. 

— Acho que já comemoraram de mais, isso sim. Vamos — Ele disse no tom mandão antes de indicar a mesa. 

Harry suspirou caminhando até lá, mas teve que segurar o riso quando Godric resmungou algo como: "Aposto que se a sonserina estivesse ganhado ele ainda estaria soltando purpurina pelo cu". 

— Primeiro, a profecia da louca da adivinhação — Salazar começou ignorando o colega fundador. 

— Acha mesmo que era uma profecia? — Harry questionou com um misto de descrença e medo. 

— Acho. A linhagem dela é de profetizas. Dons, mesmo que recessivos, podem se manifestar assim que necessário. Um exemplo é sua habilidade de falar com as cobras que veio de mim, e se manifestou quando precisou, como disse. O fato é que a mulher pode ser uma farsa, mas até um relógio parado está certo duas vezes no dia. 

Harry concordou com a cabeça desviando o olhar para longe a fim de pensar. Quem seria esse servo? E isso de "próximo" mas sem dar uma certeza do dia era irritante. Poderia ser hoje ou daqui anos... 

Na direção que Harry olhava Dobby cantarolava consigo mesmo enquanto passava um espanador de pó nos livros. A criaturinha parecia tranquila e entretida, levando Harry a invejar um pouco aquela paz. 

Era pedir de mais ter um ano tranquilo em Hogwarts? 

— Um servo se juntando ao seu mestre é algo perigoso Harry. — Godric o tirou de seus devaneios. 

Harry Potter e o Lord Slytherin / DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora