A festa da Grifinória pela vitória no jogo só terminou quando a Professora Minerva apareceu vestida com o seu robe de tecido escocês e os cabelos presos numa rede, à uma hora da manhã, para insistir que todos fossem se deitar.
Harry e Rony subiram as escadas para o dormitório, ainda discutindo a partida. A adrenalina ainda se fazendo presente e mascarando qualquer cansaço da semana que o grifinório mais atarefado de Hogwarts pudesse estar sentido.
Por fim, exausto, Harry se enfiou na cama, ajeitou o cortinado de sua cama para esconder um raio de luar, se deitou de costas e sentiu que adormecia quase instantaneamente... Teve um sonho muito estranho.
Estava andando por uma floresta, a Firebolt ao ombro, seguindo uma coisa branco-prateada. Ela avançava entre as árvores e Harry só conseguia avistá-la entre a folhagem. Ansioso para alcançá-la, apressou o passo, mas ao fazer isso, a coisa que ele perseguia acelerou também. Harry começou a correr e, à frente dele, ouviu cascos que ganhavam velocidade. Agora ele estava correndo desabalado e, à frente, ouvia a grunir. Então ele fez uma curva para dentro de uma clareira e...
— AAAAAAAAAAAIIIIIIIIIII! NAAAAAAAAÃO!
Harry acordou subitamente como se alguém o tivesse esbofeteado. Desorientado na escuridão total agarrou as cortinas ouvia movimentos a sua volta e a voz de Simas Finnigan do outro lado do quarto:
— Que é que está acontecendo? Harry achou ter ouvido a porta do dormitório bater. Finalmente, encontrando a abertura das cortinas, puxou-as para um lado com violência enquanto sacava a varinha, na mesma hora, Dino Thomas acendeu o abajur.
Rony estava sentado na cama, as cortinas rasgadas dos dois lados, uma expressão de absoluto terror no rosto.
— Black! Sirius Black! Com uma faca!
— Que!
— Aqui! Agorinha mesmo! Cortou as cortinas! Me acordou!
— Você tem certeza de que não sonhou, Rony? — perguntou Dino.
Mas Harry já não dava ouvidos ao amigo, estava de pé revistando o dormitório. Não sabia ao certo o que procurar: um cão? Um rato? Um homem meio insano? Mesmo assim toda a sua bravura e instintos o fez nem ao menos titubear pelo sono.
— Olha só as cortinas! Estou dizendo, ele esteve aqui!
Todos os outros garotos saltaram das camas; Harry alcançou a porta do dormitório primeiro que os outros e desceu correndo as escadas. Portas se abriram às suas costas e vozes cheias de sono chamaram.
— Quem gritou?
— Que é que vocês estão fazendo?
A sala comunal estava iluminada com o brilho das chamas que se extinguiam na lareira, ainda atulhada com os restos da festa. Estava deserta.
— Você tem certeza de que não estava dormindo, Rony? — Neville perguntou nervoso, se encolhendo em volta de si mesmo.
— Estou dizendo que vi Black!
Harry continuava alerta e em silêncio, olhando tudo ao redor.
— Que barulheira é essa?
— A Professora McGonagall nos mandou para a cama!
Algumas garotas tinham descido, vestindo os robes e bocejando. Os garotos também foram reaparecendo, incluindo os gêmeos que se aproximaram de Harry, notando o quão tenso ele estava.
— Que ótimo, vamos continuar? — perguntou Fred Weasley animado, ao mesmo tempo que cortando o clima.
— Todos de volta para cima! — falou Percy, que entrou correndo na sala comunal prendendo o distintivo de monitor-chefe no pijama enquanto falava.
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Harry Potter e o Lord Slytherin / Drarry
FanfictionSe ao dizer aquelas palavras Harry soubesse que o seu mundo nunca mais seria o mesmo, ele não sabe ao certo se as teria pronunciado. Não, quem ele quer enganar? Por mais que soubesse das consequências, ele ainda teria sangue Potter correndo em suas...