11- Invasão do campo

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O Professor Dumbledore mandou todos os alunos da Grifinória voltarem ao Salão Principal, onde foram se reunir a eles, dez minutos depois, os alunos da Lufa-Lufa, Corvinal e Sonserina, todos parecendo extremamente atordoados. 

 — Os professores e eu precisamos fazer uma busca meticulosa no castelo — disse o diretor aos alunos quando os professores McGonagall e Flitwick fecharam as portas do salão que davam para o saguão. — Receio que, para sua própria segurança, vocês terão que passar a noite aqui. Quero que os monitores montem guarda nas saídas para o saguão e vou encarregar o monitor e a monitora chefes de cuidarem disso. Eles devem me informar imediatamente qualquer perturbação que haja — acrescentou Dumbledore dirigindo-se a Percy, que assumiu um ar de enorme orgulho e importância. — Mande um dos fantasmas me avisar. 

 O Professor Dumbledore parou, quando ia deixando o salão, e disse: 

 — Ah, sim, vocês vão precisar... 

 Com um gesto displicente da varinha, as longas mesas se deslocaram para junto das paredes e, com um outro toque, o chão ficou coberto por centenas de fofos sacos de dormir de cor roxa. 

 — Durmam bem — disse o Professor Dumbledore, fechando a porta ao passar.

O salão imediatamente começou a zumbir com as vozes excitadas dos alunos; os da Grifinória contavam ao resto da escola o que acabara de acontecer. 

 — Todos dentro dos sacos de dormir! — gritou Percy. — Andem logo e chega de conversa! As luzes vão ser apagadas dentro de dez minutos! 

 — Vamos, gente — disse Rony a Harry e Hermione; e eles apanharam três sacos de dormir e os arrastaram para um canto. 

 — Vocês acham que Black ainda está no castelo? — cochichou Hermione, ansiosa. 

 — É óbvio que Dumbledore acha que ele ainda pode estar — respondeu Rony. 

 — É uma sorte ele ter escolhido esta noite, sabem — comentou Hermione quando entravam, completamente vestidos, nos sacos de dormir e apoiavam o corpo nos cotovelos para conversar. — A única noite em que não estávamos na Torre...

 — Calculo que ele tenha perdido a noção do tempo, já que está fugindo — disse Rony. — Não percebeu que era Dia das Bruxas. Do contrário teria invadido o salão. 

 Hermione estremeceu parecendo concordar. 

Todavia, Harry não. Ele concordava com seu amigo ruivo no quesito que Black tentou invadir a torre em um dia curioso, e tudo nessa história não fazia muito sentido. 

Ok, Sirius Black poderia realmente ser doido, estar alucinando e sendo movido pela raiva de Harry... No entanto, para alguém insano Black estava se virando muito bem até a gora na visão de Harry. Fugiu de Azkaban, conseguiu se locomover meio mundo com os trouxas e bruxos atrás dele, e conseguiu invadir uma escola mesmo com as alas de proteção e a camada de dementadores. 

Harry tinha suas dúvidas que o homem estivesse fazendo tudo aquilo apenas para o matar. 

Nos diários de sua mãe o adolescente Black é descrito como alguém poderoso e suscetível a ataques de raiva sim, mas também super amoroso, engajado em ser diferente da família, super brincalhão e amigo... Por mais que Lilian tenha parado os diários depois de sair de Hogwarts, fazendo assim com que Harry não conseguisse preencher lacunas da história, como de que modo a mãe o protegeu ou se Sirius realmente era o traidor... o instinto de Harry dizia que algo estava muito errado. 

E pensar nisso, além das mil e uma outras novidades que ele descobriu com os fundadores, estava a lhe dar dor de cabeça. 

A toda volta, os colegas se faziam a mesma pergunta: Como foi que ele entrou? 

Harry Potter e o Lord Slytherin / DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora