7- Os limites da relíquia da sonserina

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Harry ficou contente de sair do castelo na manhã da terça feira. A chuva do dia anterior parara; o céu estava claro, cinza-pálido e a grama parecia elástica e úmida sob os pés quando os garotos rumaram para a primeiríssima aula de Trato das Criaturas Mágicas com o novo professor. 

Com... Hagrid!

 Rony e Hermione não estavam se falando, alguma briga que rolou nessa loucura de tempo que era a vida de Harry. Talvez sobre o rato e o gato... apesar de que Harry achasse que quem mais parecia gato e rato eram os donos dos animais com essa ladainha que ele ficava feliz em não intervir. 

Enfim, o moreno caminhava ao lado dos dois em silêncio enquanto desciam os gramados em direção à cabana de Hagrid, na orla da Floresta Proibida. 

 Somente quando identificaram três costas muito conhecidas à frente é que se deram conta de que iriam compartilhar as aulas com os alunos da Sonserina. Draco, falava animadamente com Crabbe e Goyle, que riam com gosto. Harry tinha quase certeza de qual era o assunto da conversa. 

 Hagrid já estava à espera dos alunos à porta da cabana. Vestia o casaco de pele de toupeira, com Canino, o cão de caçar javalis, nos calcanhares, e parecia impaciente para começar. Um fofo, apesar disso dar um pouco de medo.

Harry rezava para que todos saíssem vivos dessa aula...

— Vamos, andem depressa! — falou quando os alunos se aproximaram. — Tenho uma coisa ótima para vocês hoje! Vai ser uma grande aula! Estão todos aqui? Certo, então me acompanhem! 

 Por um momento de apreensão, Harry pensou que Hagrid os levaria para a Floresta Proibida; o menino já tivera suficientes experiências desagradáveis ali para a vida inteira. No entanto, o guarda-caça contornou a orla das árvores e cinco minutos depois eles estavam diante de uma espécie de picadeiro. Não havia nada ali. 

Se bem que as vezes os olhos podem enganar no mundo mágico. Harry olhou desconfiado uma segunda vez só para tentar se decidir se o animal era invisível ou só estava ausente ainda. 

 — Todos se agrupem em volta dessa cerca! — mandou ele. — Isso... Procurem garantir uma boa visibilidade... Agora, a primeira coisa que vão precisar fazer é abrir os livros...

 — Como? — perguntou a voz fria e arrastada de Draco Malfoy. 

 — Que foi? — perguntou Hagrid. 

 — Como é que vamos abrir os livros? — repetiu o menino. 

 Ele retirou da mochila seu exemplar de O Livro Monstruoso dos Monstros, amarrado com um pedaço de corda. Outros alunos fizeram o mesmo, menos o de Harry que permanecia tranquilo nas mãos confiantes do garoto sem nenhum objeto o segurando. 

Hermione olhava o amigo intrigada enquanto Harry se divertia internamente fazendo carinho em seu livro. 

- Olha, vejam! Har- Quer dizer, Potter entendeu como se abre. - Hagrid disse todo feliz antes de olhar ao redor, o sorriso desaparecendo pouco a pouco - Só ele conseguiu? Oras, vamos lá garotos... é só fazerem carinho no livro! 

— Ah, mas que bobeira a nossa! — caçoou Draco. — Devíamos ter feito carinho no livro! Como foi que não adivinhamos!

 — Eu... Eu achei que eles eram engraçados — disse Hagrid, inseguro. 

 — Ah, engraçadíssimos! — comentou Draco. — Uma idéia realmente espirituosa, nos dar livros que tentam arrancar nossa mão. 

 — Cala a boca Malfoy — advertiu-o Harry baixinho. 

Hagrid parecia arrasado, e o garoto queria que aquela primeira aula do seu amigo fosse um sucesso. Bom, se sobreviessem já seria um sucesso, o amigo estar feliz seria lucro. 

Harry Potter e o Lord Slytherin / DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora